terça-feira, 29 de novembro de 2011

14° Encontro Memorado da Disciplina. Em 18 de Novembro de 2011


                                                                      Por Emídio Johnson Sales Magalhães


Geralmente iniciamos nossas aulas de Carlos Augusto com o texto de algum pesquisador da História do Brasil, então no decorrer da aula o professor faria um meio de relacionar Camocim com a História Geral.
 Neste encontro não foi diferente, mas dessa vez já começamos falando de Camocim logo, então depois o relacionamos com a História do Brasil. Nossos textos de hoje também foram diferentes, não são de Mary del Priore, Evaristo de Veiga ou Isabel Lustosa, antes analisamos três reportagem do blog: “Camocim pote de Historia”  que fazem menção a Carlos Lacerda e a Esmerino Arruda, atual prefeito do município de Granja, e também a outros personagens como a um tal Milton “Cachorrinho”.
 O professor explicou antes de compartilhar a leitura do texto que o blog de sua autoria fora criado intencionadamente para o município de Camocim com propostas de corresponder ao gabarito histórico do município, ou seja, manter o relacionamento dos cidadãos com as produções históricas sobre a cidade. Seria o dialogo academia - comunidade. Enfatizou que o espaço virtual alcançara dimensões antes não imaginadas completando nesta semana seus 17 mil acessos.
 Além das produções publicada no blog cujos temas estavam diferentemente relacionados ao contrabando nos municípios de Granja, Camocim, Chaval e Acaraú, estudamos o contraponto destas produções: um livro de caráter memorialista de Esmerino Arruda, um político que segundo Carlos Lacerda seria um dos principais mentores do trabalho sujo naquele período.
As postagens eram analises de reportagens imprensas do jornal                    O Povo datados dos anos de 1963 e 1964, foram divididas em três partes e obtiveram repercussão satisfatória, com comentários e outros diálogos informais entre autor e leitores. Os jornais informavam a denuncia de Carlos Lacerda, (jornalista assassinado no ano de 1977), á vários políticos imponentes no período, dentre eles Esmerino Arruda.
A esta altura o professor nos chamou a atenção para a autenticidade da denuncia, se procediam eu não, que diferença isso faria na nossa história política. E sugeriu para reflexão da turma a idéia de que “o Contrabando na História do Brasil e do Ceará iniciou já na Colonização”. E prosseguiu no debate de modo radical ao afirmar que: “O Contrabando é a chave da História”.
Isto me fez recordar aulas anteriores em que o professor havia afirmado que “O ato de burlar é o que movimenta a História!”, e explicou que “Se não fosse possível burlar, não seria possível questionar”. Lembro-me também que a turma concordou, responderam que toda a sociedade burla. Que era impossível na sociedade de hoje, em cidades interioranas, onde há falta de recursos, o indivíduo não burlar.
Não concordei, é claro, com esta generalização, mas fiquei calado, porque me pareceu que era o único “do contra”. É que ainda acredito em integridade moral.
Após as discussões sobre as postagens, passamos para a próxima fonte, o livro: É isso aí meu filho, de Esmerino Arruda. O professor leu o capítulo concernente a resposta de Esmerino a denúncia de Carlos Lacerda. É neste capítulo que ele justifica a escrita de sua memória: prestar satisfação pública de sua inocência no caso do contrabando. Ele se propõe a fazê-lo explanando a vida pessoal, política, pública e intelectual de seu acusador, chegando até mesmo a por em questão as faculdades mentais e emocionais do então conhecido como Demolidor de Presidentes. Para tanto Esmerino Arruda chega até mesmo a usar a teoria do complexo de Édipo para provar sua concepção sobre Carlos Lacerda, ou mesmo para dar peso científico a sua escrita.
Carlos Augusto mostrou-se muito impressionado com a escrita do prefeito, já que este não possuía nenhuma informação acadêmica - até onde sabíamos - na área de lingüísticas ou humanas. Era formado em medicina. Mas antes questionou o porquê do titulo do livro, e também a autenticidade da autoria da obra, sugeriu que alguém poderia ao menos ter ajudado-o a produzi-la, já que sua escrita desenvolve-se na primeira pessoa do singular.
Foi aberto espaço para novos discursos, o professor quis focar a utilidade da História neste caso e para tanto exclamou: ”Viram como fazer História é fácil? Para que a História serve?” e prontamente respondeu: “A História serve para defender políticos corruptos!” Foi um modo criativo e irônico de questionar o nosso papel como historiadores, como guardiões da memória do nosso país e também como reprodutores do conhecimento em sala de aula, no caso dos professores.
Lembrei-me então que o próprio Carlos Augusto, que nesta aula menciona que é fácil fazer história havia dito em outra aula também recente que “Estudar História era estudar o desânimo!”
Parece contraditório, mas compreendo que a historia possa ser desanimadora quando percebemos – também nas palavras do professor - que nada no Brasil muda de modo radical, quando a usamos em favor de interesse pessoais e egoístas, quando vemos os mesmos erros serem repetidos no mesmo espaço muitas vezes sem que os autores da História, como frutos do seu tempo e indivíduos agraciados pela memória, possam causar transformações para o bem de todos e promover atitudes para a manifestação do multiforme conhecimento que a humanidade pode produzir. Concluo então que a Historia possa sim ser desanimadora e, que também possa ser fácil, mas penso que é bem melhor que ela seja mesmo é difícil, porque então tentar entendê-la e refleti-la seria muito mais dinâmico.  
 No curto trecho que lemos do livro-memória do Esmerino pudemos extrair alguns fatos da História Geral do Brasil, os quais o professor ia destacando na lousa na medida em que os identificávamos na leitura: Revolução de 30, Movimento Estudantil, Comunismo, Queremismo, Luis Carlos Prestes, Plínio Salgado, Olga Benário, etc. Então o professor exclamou: “Quanta história podemos extrair através de uma memória só!”
 Neste ponto da aula, eu mesmo fui quem me senti protagonista da História: sai de minha cidade a fim de assistir a uma aula sobre grandes nomes e representantes da História talvez, e o que encontro na aula é a história de um político presente na realidade do meu dia-a-dia, pois está vivo (História do tempo presente), pude sentir a história bem perto de mim, quase pude apalpá-la. Só então consegui de modo bem particular pensar em como, de uma forma tão plural Esmerino Arruda “faz” parte da construção e transformação da História do Brasil também. Aplicando ao que disse o professor Carlos Augusto também nesse semestre que “Se você não entender suas relações com a História você está morto!” Agora... Eu estou vivo!
Ao prosseguir a leitura do livro, o professor novamente questiona a escrita de Esmerino, e procura alimentar a tal hipótese da existência de um co-autor. Como fiquei de perguntá-lo, descobri que ele obteve sim a ajuda de uma de suas filhas.
Também aprendi um pouco do desenvolvimento profissional de um político e onde este desenvolvimento pode interagir com a vida devocional de um evangélico.
1) Um político durante sua trajetória vai se encorpando, vai se desenvolvendo, então já encorpado e maduro vai se desencorpando, ex: Lula.
2) Um político carismático pode ser muito admirado, mas também são vítimas da “odiêsa”, ex: Esmerino.
3) Os políticos que são de esquerda que passam para a direita são os piores, ex: foi o caso de Carlos Lacerda, de militante comunista passou a perseguidor do comunismo.
Na continuidade da aula, questionando o fazer histórico, o professor perguntou: “Já que o texto fala de neutralidade, até que ponto podemos analisar a sua parcialidade – considerando a memória como um testemunho oral?” Então afirmou com cara de profunda reflexão: “Os testemunhos orais estão se tornando muito caros para a História” E explicou: “Caros no sentido de fortes, de enriquecimento.”
E pra finalizar a aula o professor nos despediu com uma pergunta como na intenção de nos deixar, mesmo após a aula, a refletir o aprendido na noite, indagou: “Até que ponto a memória de Esmerino interage com os fatos históricos do Brasil?”
Além disso, ainda conseguimos mencionar na aula: nordestinos na Amazônia, história fotografada, Paulo Freire, seca neutralidade ou neutralidade molhada, indivíduo com contrabando ou indivíduos “mercadoria sem nota’’, um caso camocinense de falsos policiais fardados no porto de Barroquinha, etc.
Não entendi ao certo como Amazônia e o SEMTA entraram no assunto da aula, quis perguntar, mas não o fiz porque isso denunciaria minha falta de concentração ao conteúdo da aula, mas tudo bem seja lá o que tenha acontecido na Amazônia, faz parte da história do Brasil... E se perscrutarmos veremos que tem até alguma coisa haver com uma cidade do Ceará chamada Camocim.
Assim foi nossa aula de História do Brasil III, começamos num blog de Camocim, chegamos de algum modo no Queremismo de Getúlio. Falamos de contrabando no Nordeste e mencionamos a Revolução de 30. E quem diria que um político nordestino formado em medicina – o prefeito ‘‘da’’ Granja – poderia fazer cirurgias na História do Brasil?



Segundo Encontro - História do Brasil III . De 17 a 19 de Agosto de 2011

Por Emídio Johnson Sales Magalhães

Nosso segundo encontro da disciplina ocorre extra-sala, em virtude dos três dias do I seminário do PET – História da UVA, ocorrida em 17 á 19 de 2011. O tema escolhido para o primeiro seminário foi História e Documentos.
                   O momento e data para realização desse evento foi puramente oportuno, já que neste mesmo ano de 2011 o Curso de História completa 50 anos, e no dia 19 de agosto comemora-se o dia do historiador. O grupo PET surpreendeu o CCH, na medida em que decidiu realizar o seminário antes mesmo de completar um ano de funcionamento.
                     Deveríamos descrever inicialmente o primeiro momento no auditório, a palestra de abertura. Porém um encontro de estudantes como esse não começa com a palestra de abertura, então iniciarei memorando a partir do credenciamento, o qual não deixou a desejar em organização, recepção e disposição de material. Na pasta de credenciamento continha além da ementa de cada tema escolhido nos mini-cursos, os textos a serem utilizados nestes. Curiosamente também havia uma mensagem de motivação. O titulo era: A fita métrica referia-se ao modo sobre como se deve medir uma pessoa: “não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho”:- dizia o ultimo verso da mensagem. Só depois eu descobria que nem todos receberam a tal mensagem, somente o que fizeram o mini-curso que escolhi, fazia parte dos textos escolhidos por Tema Bessa para o mini-curso de História Oral. Ela o usaria no primeiro dia de aula com uma dinâmica muito produtiva e envolvente.
 O folder programático estava de fácil compreensão visual. E a programação muito rica com oficinas, grupos de trabalhos, mini-cursos e, além, é claro, das palestras e programação cultural. Na primeira noite, o grupo PET com seus 12 membros e o seu tutor professor Carlos Augusto foram apresentados. Expuseram para todos os ouvintes e curso de História como trabalhavam, e como funcionava o grupo, quais as propostas, projetos e pesquisas, que foram realizadas durante os nove meses de existência do PET.
Ouvimos que todos os bolsistas do PET cumprem horário semanal no NEDHIS, onde realizam diariamente a catalogação, sistematização, manutenção e limpeza dos documentos.
                    Os trabalhos de pesquisas eram os mais diversos, recordo-me que havia projetos sobre patrimônio em Sobral, sobre procedimentos metodológicos sobre a atividade do historiador em sala de aula e, também sobre o uso de imagens como leitura do desenvolvimento urbano de Sobral. Os outros estudantes além dos petianos, também tiveram oportunidade de apresentarem trabalhos, incluindo a mim, a partir de documentos escritos em sua maioria do acervo do NERDIS. Quase não houve debates, pois eram muitos trabalhos e o tempo foi pouco.
Pela manhã dos seguintes dias ocorreram atividades que trabalhavam a relação Escola - Universidade, a demanda foi aproveitável e a tarde ocorreram os mini-cursos que apesar de serem no horário distinto do turno do curso de História, também atingiram quantidade notável de alunos.
A palestra do segundo dia contou com a presença do Professor. Dr. Eurípedes da UFC. Foi lhe proposto palestrar na noite sobre a História do Grupo PET no Brasil, e sua tragetória até a consolidação deste projeto.
 O nome Eurípedes Funes, não me era estranho, pois o professor já Gleison Monteiro já o mencionado em suas aulas. Professor da Universidade Federal do Ceará, ele iniciou sua fala com a leitura de um jornal universitário de cerca de 25 anos, cuja reportagem narrava á formação do primeiro PET do Brasil formado na UFC, fora ele portanto o primeiro professor - tutor do programa do PET. Explicou que antes a sigla PET significava Programa especial de Treinamento, e não Programa de Educação Tutorial, como é hoje. Mencionou as vantagens do curso que conta com esse programa e citou alguns de seus alunos que foram bolsistas do PET e o que eles conquistaram hoje no ambiente profissional.
                 Refleti sozinho por um instante: Hoje estão presentes num mesmo auditório, no CCH da UVA, no Ceará o primeiro e também o último, tutores do projeto PET no Brasil.
 No ultimo dia na palestra final, a dispensação de conhecimento foi ainda melhor. Sobre o tema: Jornal: Memória, Documentos e Fontes Históricas tivemos a professora Dra Adelaide Gonçalves como palestrante também da UFC.  São 19 de agosto e comemoramos hoje pela segunda vez o dia do historiador.
Ela expôs o Histórico da Impressa Brasileira, no decorrer das décadas de 30, 60, 70 e 90, citando nomes, jornais, revistas e assuntos históricos referentes ao período. O primeiro pesquisador citado por ela foi José Honório Rodrigues a quem descreveu como, possivelmente, o principal historiador do Brasil em História da Historia. Posteriormente ela também mencionaria Gilberto Freire, este, ela o exalta sem constrangimento algum, e o define ousadamente como o maior intelectual do Brasil atualmente.
Adelaide sugeriu para leitura varias obras, das quais posso me recordar de duas: ”O açúcar” principal obra de alimentação no Brasil e que contém receitas de Sobral. E a outra obra era nas palavras dela: o melhor estudo que os historiadores produziram sobre a impressa universal: A Formação da Classe Operaria Inglesa de E. P. Tompsom. Lembrei que havíamos estudado Tompsom no semestre anterior, na disciplina de História Moderna II. Também ela citou a Revista Piauí, e perguntou quem dos presentes no auditório assinava esta revista, para vergonha do curso de história ninguém levantou a mão. Eu não quis ser o único a levantar a mão.
Ela possuía alguns vícios de linguagem com: “segue sendo’’, que na verdade tornava a sua fala mais agradável. Ela também me pareceu um tanto pessoal, ou sentimental quando afirmou que era dever do historiador “recordar”, mais recordar no sentido de lembrar com o coração”.
 Sobre acontecimentos históricos da impressa ela nos trouxe inúmeras curiosidades tais como a informação de que os primeiros períodicos do Brasil foram produzidos clandestinamente em Londres; que antigamente os editoriais ficavam no fundo dos periódicos e não na segunda folha-verso da capa, como é hoje; que os nomes próprios de alguns jovens anarquistas eram: “Ideal”, “Germinal” e similares; ainda que, antes alguns homens assinavam por pseudônimos de mulheres para sugerir que havia mulheres na produção.
 No fim, ela fez a leitura de várias imagens expostas através de data-show, extraídas de jornais brasileiros. As fontes eram sempre precisamente exatas. As temáticas das imagens escolhidas eram fortes, os temas que marcaram para a sempre a história da humanidade: capitalismo, ideais da igreja católica versus evolução, liberdade, feminismo e operariado. Ela chamou atenção para o estilo da escrita da época, escreviam-se mais eloqüente, a linguagem não era travestida como a contemporânea.
A Dra Adelaida mostrou um seqüência de imagens onde interpretou nelas a evolução dos símbolos que representaram a liberdade no decorrer dos anos de existência da imprensa. A primeira imagem era o conhecido quadro de Eugène Delacroix : “A Liberdade Guiando o Povo”, aquela da mulher de seio de fora com uma bandeira vermelha, as próximas foram substituídas progressivamente, da figura da mulher pela do homem como demonstração da força, segurança, e imponência, já a última imagem era a figura masculina com o busto a mostra, exibindo músculos salientes e uma postura de superioridade. Ela explicou que a figura feminina como símbolos da revolução e liberdade é contemporaneamente substituída pela imagem do masculino.
Para encerrar a palestra ela mencionou a consigna que fecha o livro de Marx e Engels, O Manifesto Comunista: “PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES, UNI-VOS!” – esta frase fora muito utilizada por jovens anarquistas.
E não poderia encerrar esta memória sem mencionar a ilustração que mais me chamou a atenção, chamava-se: Derradeiras Machadadas. Um homem com algemas partidas e com um machado na mão no qual estava escrito o nome “Anarquismo” cortava os galhos secos de uma arvore feia, no caule desta planta velha estava escrito “Autoridade” e “Iniqüidade Moral”, e nos demais galhos expressões como: Comércio, Opinião, Ensino Viciado, Hipocrisia, Ciúme, Crime, Família Escravizada, Política, Legislação e outras palavras que representavam o sistema a qual os anarquistas demonstravam-se insatisfeitos.
Na hora dos debates, o primeiro inscrito foi o professor Carlos Augusto, sua pergunta a professora era um tema contemporaneamente questionável: “O livro vai acabar? O jornal vai desaparecer?...” – A resposta da Professora Adelaide, eu não pude ouvir, pois nesta hora tive de me ausentar do auditório, senão perderia minha carona nos ônibus universitários.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Memória da aula, Brasil III: (dia catorze de Outubro de dois mil e onze)


Por Déborah Mendes Augusto

A aula do dia catorze de outubro de 2011, teve como assunto a discussão do documento: “introdução ao programa revolucionário do clube 03 de Outubro, editado em 1932”, retirado do livro: “A revolução de 30 textos e documentos”, livro esse levado pelo professor Carlos Augusto para que – de acordo com as suas colocações – pudéssemos perceber as várias facetas da república. Após apresentar- nos o documento, o professor iniciou a leitura do mesmo.
Por mais que a leitura tenha sido feita unicamente pelo professor, as análises resultantes do texto estudado foram proferidas por todos os alunos, de uma maneira compartilhada, progressiva. A primeira discussão levantada na aula, foi sobre o real significado da república e o professor nos lançou a seguinte provocação, retirada de um trecho do documento: “a república não deu certo por que não foi trabalhada a cultura e a educação do povo ?!”, após a leitura de tal frase, se tornou perceptível a reflexão de alguns alunos, que por mais que não tenham se pronunciado em sua maioria, deixaram- se mostrar interessados pela questão lançada. Nesse momento o professor continuou a leitura o que nos fez lembrar, que a falta de intelectualidade dos contemporâneos da república velha, não foi o único problema desse momento, deve-se levar em conta a estrutura de poder que foi se solidificando nesse período e como o nepotismo, com a divisão arbitrária do cargos públicos, se tornou uma prática habitual do momento em questão. Acrescentando ainda: “Os honestos cada vez mais se afastam da política.” O que instigou o debate entre alguns alunos que acabaram por discorrer as práticas de corrupção tão presentes ainda no nosso país, enfatizando o caráter repetitório de muitas práticas políticas e econômicas que ainda persistem em nossa estrutura social.
O professor, seguindo a leitura do documento, falou sobre os aspectos positivos que existiam na monarquia, tão exaltados por alguns sujeitos da primeira república. Partindo dessa monarquia, o professor nos apresentou a palavra: “procrastinações” que na opinião dele em muito tem a ver com os fatos mal resolvidos da nossa sociedade, ou seja, é exatamente tudo aquilo que foi deixado para depois na nossa história.
A partir da leitura compartilhada do texto em questão , alguns alunos e o próprio Carlos Augusto, acabaram por entender que para os elaboradores do documento, foi como se a república tivesse representado uma verdadeira mentira.
Falando sobre a importância do nosso papel como historiadores na interpretação e contextualização dos registros estudados, o professor falou: “É necessário penetrar profundamente”, o que acabou gerando algumas risadinhas sobre a maneira descontraída com que nosso professor se expõe, o que fez com que o mesmo se explicasse: “é necessário atingir até o espírito, sentir o que essa penetração está subjetivando”, o que nos fez refletir sobre a importância da pesquisa bem elaborada.
Dando seqüência a contextualização, foi lembrado que no império existia a atuação dos quatro poderes: legislativo, judiciário, executivo e moderador. E o professor incitou a discussão sobre a real função e atuação desse poderes na prática, levantando as seguintes indagações: “Ainda há perseguições? Os impostos são realmente para todo mundo? As nossas organizações são realmente livres? Falando sobre os casos no Brasil em que se fez necessária a intervenção federal, como nos episódios do Espirito Santo e do Rio de Janeiro.
Em certo momento do texto a questão da NAÇÃO foi enfatizada. Com a passagem: “realizemos a democracia” o professor nos perguntou o que de fato a frase quer nos dizer? Com a fala de alguns alunos a função dos conselhos foi posta em discussão, com o professor nos instigando: “imagine se tudo funcionasse como deveria ser?!”. Nesse momento, o mesmo falou sobre uma orientanda sua que tratou em sua pesquisa sobre a experiência inovadora da cidade de Santana do Acaraú , em que o povo passou a ser ouvido com o chamado: “conselhão”, comparando-se a participação que a massa tinha na chamada Grécia antiga.
O nosso colega Paulo Roberto falou sobre o que era o “conselhão”, que na sua opinião tinha a função de ser o quarto poder, desse modo, representava o  poder de intervenção do povo na política local, com a existência de um delegado em cada bairro. Esse sistema de organização política acabou mudando com a alteração da gestão municipal.
Ao nos aprofundarmos na leitura, o professor pediu para que observássemos onde a palavra democracia e a reivindicação por essa, aparece no documento. Alguns alunos reforçaram o discurso pragmático, apontando as persistências ainda existentes em nossa contemporaneidade. Porém, o professor nos fez lembrar que quando dizemos que “nada mudou” estamos na verdade acabando com a história. Posteriormente ele nos pediu para analisarmos o que de fato torna o documento atual, quais são os setores da sociedade que ainda repercutem esse discurso.
Em seguida (mais precisamente às 19: 45hras) nos pediu para que analisássemos o presente documento e que posteriormente discorrêssemos sobre as impressões que conseguíssemos extrair do mesmo. A partir desse momento, alguns alunos ficaram em sala de aula realizando o trabalho estabelecido. E a aula, com a participação do professor se deu por encerrada.



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Exposições de material didático



Os estudantes do 8º semestre do curso de Licenciatura em História da UVA irão realizar a I Mostra de Material Didático. Os jogos produzidos foram confeccionados dentro da disciplina ENSINO E PESQUISA EM HISTÓRIA, ministrada pelo prof. Alênio Carlos Noronha Alencar. 




Dia: 06 de dezembro
Local: Campus do Junco
Horário: Noite

Segunda Chamada de Prova CEARÁ II

Dia 30/11 (quarta-feira) somente precisa vir a universidade quem vai fazer segunda chamada. Essa segunda chamada é da prova ocorrida em 16/11.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Alguns trabalhos

Dia 22 (terça) 
Entrega da versão final do jogo. Cada equipe vai jogar com o jogo produzido por outra equipe para testar se o mesmo funciona.


Dia 24 (quinta)
Entrega do texto crítico produzido a partir do texto "Nações e Nacionalismo".


Dia 05/12 (segunda)
Entrega do 1º Capítulo da monografia.

Encarte do professor

Acesse a versão digital de todas as edições do Encarte do Professor, disponibilizado aos mestres para auxiliar a programação pedagógica.

Revista de História da Biblioteca Nacional (RHBN), em parceria com o Ministério da Educação, chega às escolas públicas de todo o país, fazendo parte de seu material didático e tornando mais atraente o processo de ensino-aprendizagem nas salas de aula de nosso Brasil.

Para facilitar a programação pedagógica dos mestres, cada volume da Revista é acompanhado por um Encarte do Professor, cuja versão digital está disponível para todos. Trata-se de um material didático elaborado com o objetivo de oferecer sugestões de trabalhos em sala de aula, com propostas de atividades que buscam despertar a curiosidade dos alunos não só pela História do nosso país, como também pela leitura de um modo geral.

A partir de maio o encarte estará exclusivamente na versão digital. É possível, portanto, imprimir quantos exemplares do material, em qualquer lugar que tenha internet e uma impressora. Confira.

Acesse conteúdo completo em:
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/conteudo-complementar/encarte-do-professor

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Memória da aula História do Brasil III, 04 de novembro de 2011

Por Gleiciane Albuquerque
Colaboração: Paulo Roberto Sales Neto
Emídio Johnson Sales


Como no início, foi feita a leitura da memória da aula anterior. Após lida não houve comentários da turma a respeito da memória. Logo depois o Prof. Carlos Augusto queria saber como estão nossas pesquisas. Alguns abordaram as suas, e apontaram como estão os encaminhamento.
Após isto, o Prof. Carlos Augusto, nos comunicou que haveria uma palestra de encerramento do círculos de estudos marxistas, nesta a discussão se dava a respeito “dos marxismos”, discussão promovida pelo grupo de estudos de Marx, da UVA. Dessa forma a maioria da turma achou melhor ir assistir a palestra, enquanto outros acharam melhor dar continuidade estudando e aproveitando o tempo para avançar em suas atividades da disciplina de História do Brasil III. Ainda na sala foi anunciado a prorrogação da entrega do artigo para o dia 18 deste mês, já que grande parte da turma ainda não havia dado início ao seu artigo.
A palestra discutia “Os marxismos”, já que não se fala somente em marxismo uma vez que o conceito nos dias atuais não é classificado como monolítico, não é único, e que alguns professores equivocadamente acabam confundindo as ideias marxistas, como uno, justamente por não saber a importância destas, discutia o Prof. Dr. Manuel, do curso de Ciências Sociais da UVA. Ele iniciou falando que ficava contente por a História está discutindo Marx. Como a História é dinâmica, feita de luta de classes, não podemos deixar de estudar, debater Marx, e os marxismos na academia, da mesma forma que não dar para discutir Marx, que passeou pelo Direito, Filosofia, e pela Economia, sem falar de luta de classes. Uma vez que dentro do próprio marxismo sempre houve debates, os mesmos nunca foram idólatras de Marx.
Na palestra ainda foi discutido se Marx teria errado em suas teorias. Discutiu-se também o materialismo categórico de Febev, Lenin. O mesmo mencionou ainda que o termo marxistas não foi utilizado por Marx, mas pelos Anarquistas na Associação Internacional dos Trabalhadores.
O Prof. Dr. Manuel ainda falou que pouco se fala de marxismo nos cursos de economia. Isso se dar pelo fato de ainda haver uma hegemonia monetarística de alguns curso de economia, e que História da economia foi escorraçada dos curso de economia. O mesmo mencionou que devido a crise capitalista foi realizada uma pesquisa pela BBC, e constou que Marx é o autor mais atual, pois este foi o teórico das crises, ele falou ainda que suas ideias estão sendo reavivadas. Seguindo o curso, as discussões passaram a ser direcionadas a questão do trabalho, já que o capitalismo modificou a ideias de trabalho tornando-o massificado e criando a classe operária, unificou o mundo através do mercado.
Muito se fala em crise do socialismo, na morte no marxismo, mas aonde teria errado Marx? E as esquerdas atuais o que fazem? As sociedades estão em crises? O que estão fazendo as esquerdas? Dessa forma é fundamental discutir Marx, porque este deu uma importante contribuição para as teorias socialistas, para a cultura, a política, a economia. E principalmente para a História.
Assim o capitalismo advindo da Ética protestante e o espírito do capitalismo, coloca o trabalhador como um sujeito da revolução, que também é uma classe revolucionária, não a única. Dessa forma o Prof. Dr. Manuel ainda discutiu o marxismo no terceiro mundo. Durante a palestra foi abordado que a luta de classes não é fato do passado, já que está muito presente nos dias atuais, por exemplo quando falamos em greves trabalhistas por melhores condições de trabalhos ou de salários, etc.
Da mesma forma que o capitalismo vive em constantes crises econômicas, já que na atualidade se produz muito, e temos uma grande parcela da sociedade com pouquíssimas condições de consumo. O Prof. afirmou também que a propriedade destrói o capitalismo e não a falta de alimentos. Ainda foi abordado que o Partido dos Trabalhadores - PT, perdeu suas características de origem, hoje está infiltrado nas classes empresariais. Será?
Com a palavra o Prof. Agenor Júnior (Coordenador do Curso de História), abordou a formação dos estudantes de História, pois embora se falam na morte do marxismo, a história social surgiu deste, não podemos então fugir dessas discussões. O Prof. falou ainda que o período militar silenciou a História, muitos sujeitos ficaram anônimos. Dessa forma podemos pensar que talvez seja por isso que houve uma negação dos estudos marxistas. Que estamos vivendo em um mundo pós-social, e que as teorias das classes sociais não dão mais conta da realidade. O Prof. Weber do Curso de Ciências Sociais também deu colaboração.
A Profª. Josefa indagou de “o porque” de não discutirmos marxismo na atualidade. Eles erraram? Ninguém mais acredita no marxismo? É somente uma ideologia? Ela afirmou que Marx está esquecido. Ele Perdeu sua validade? Não podemos perder os estudos marxistas. Qual a grande teoria de Marx? Ele busca as suas raízes por isso falamos que quando alguém adere as suas ideias, ele torna-se um radical, convencido de suas ideias similar as pessoas que aderem a uma religião tornando convencido e defensor dessas ideias. Assim ser marxistas é buscar nossas raízes, já que o homem é a raiz.
O Prof. Carlos Augusto lembrou de uma aula que teve segundo ele há muitos anos com o Prof. Manuel e que este perguntou se ele sabia que Camocim havia sido uma cidade vermelha. Foi a partir dessa indagação que ele iniciou uma pesquisa que resultou na sua dissertação de mestrado.
O Prof. Benedito Genésio, se propôs a explicar o marxismo através da palavra “trabalho” sendo este um produto que o homem deve usar para o bem dele, para o bom convívio na sociedade. Não deixando que o trabalho nos domine, nos escravize, nos controle. Essa era a crítica de Marx em relação ao trabalho e economia. O Prof. Benedito citou que Marx era antes de tudo um antropólogo. Resumiu a teoria de Marx falando que o eixo principal de sua teoria é o HOMEM. Que o homem é quem transforma o mundo ao mesmo tempo em que se transforma.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Memórias da Aula de Brasil III, 30 de setembro de 2011

Por Jonatan Magalhães Rodrigues

Sexta-feira, trinta de setembro de dois mil e onze, por volta das sete horas da noite na sala do oitavo período do Curso de História no Centro de Ciências Humanas da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UEVA localizada na Avenida John Sanford no Bairro do Junco na cidade de Sobral, Estado do Ceará começa mais uma aula da disciplina História do Brasil III do Professor Carlos Augusto Pereira dos Santos.
De início e como de praxe o professor pergunta pela pessoa que fez a memória da última aula, mas não estava na sala, pois não havia chegado. Expõe o novo tema da aula sobre História do Brasil de 1930 em diante, fazendo questionamentos a respeito do título: 1930 – O Estado Getulista. Luciana faz indagações sobre a Era Vargas associando ao título. Paulo faz menção à pessoa de o presidente conseguir e ditar regras que deixaram seu nome na História do Brasil. De repente o professor se depara com a presença de uma visitante ilustre, uma prima de Renata, caracterizando sua entrada na sala como uma “chegada estrepitosa”, pergunta por seu nome da qual responde: Leilane.
Logo em seguida e continuando o envolvimento sobre o assunto Jonatan fala do contexto mundial sobre a Crise de 1929 enfatizando que o capitalismo antes era liberal, mas depois com interferência do Estado na economia passou a ser monopolista e faz associações com o modo de governo de Getúlio Vargas, da qual incentivou a criação de indústrias de base. Wladenilson fala sobre vários conceitos que aquela temática podia oferecer. Carlos Augusto diz que o nome de Vargas era muito concentrado no Estado e faz a seguinte pergunta: O que é Era? Com o silêncio característico dos alunos disse que sua filha na quarta série sabia. Wladenilson diz que é um período, e Carlos Augustos aprova.
O professor continua dizendo que por conta da legislação trabalhista o Estado Getulista se torna conhecido. Demonstra que o trabalhador ao longo da história era e foi tratado como um caso de polícia contextualizando com a situação dos professores da rede pública de ensino do Estado do Ceará que estão buscando por melhorias nas condições de trabalho e financeiras. Mas retomando a aula o professor revela uma vontade própria: “Eu preciso um dia ter tempo para ler o Diário de Vargas”, pois conta que “uma coisa é o que se diz outro o que se diz dele mesmo”, ou seja, de Vargas e continua “o Governo Vargas foi muito importante”. Inesperadamente o Professor Adauto Duque interrompe a aula para alguns avisos e pergunta se pode? Carlos Augusto responde: “Você é quem manda nessa chibata!”. Logo após os avisos retomamos a aula, o professor diz que Getúlio Vargas tinha uma afinidade com os trabalhadores, pois recebia cartas destes.
Nesse momento Carlos Augusto rumina certas memórias da assinatura de uma revista num momento onde não havia as redes sociais na Internet, nisso ele reforça que teve que colocar o seu perfil e lamenta ter perdido essas assinaturas, cartas, pois eram nelas que ele colocava tudo sobre o que gostava o que era, e mais coisas, inclusive que gostava de fazer poesias. Faz um contraponto revelando que as assinaturas poderiam ter servido de fonte de estudos comparando a internet com o período que não havia internet.
Dando continuidade questiona porque não há uma era prudentina. Luciana fala da Era Lula. Mas o professor ressalta que o Governo de Vargas se constitui um dos períodos mais estudados da História do Brasil, e pergunta sobre 1929, fala do Crack e o que nós sabemos sobre ele. Wladenilson fala sobre a crise não afetou somente o Estados Unidos. O que aconteceu de 1920 até 1930? Pergunta o professor. Paulo Roberto responde que foi o Tenentismo que foi a raiz de 30. O professor recomenda leitura sobre Tenentismo destacando Nelson Werneck Sodré. Os militares estão divididos na História do Brasil: Revolta do 18 do Forte de Copacabana, Coluna Prestes. Este era um movimento que queria reformas no governo, direito ao voto. Caminhava todo o Brasil incentivando as pessoas para tais mudanças. A Coluna Prestes foi muito presente na História do Ceará. Passou pelo Ipu, Arneiroz e complementa que o destacamento da Coluna expropriava a elite nos lugares que passava, a propaganda dizia que eles saqueavam. Mas eles faziam uma requisição e quando a Revolução acontecesse retornaria tudo o que foi requerido. Criava o mito que não comiam a carne da traseira. Diziam que tinham pauta com o cão, Jairo diz: “não gostava da bunda”.
O professor aponta que realmente foi um golpe. Como eram feitas as eleições na República Velha? João Paulo diz que era no Bico de pena. Cada partido fazia que o eleitor votasse em seus candidatos. Renata questiona sobre a segurança do voto. O professor fala que agora é impossível a manipulação. Pergunta o que a mulher tem a ver com a Revolução de 30. Fala da Independência. Da Abolição da Escravatura. Observa pasmo Francine. João Pessoa apoiava Getúlio Vargas, mas perdera a eleição. Foi assassinado sendo um pretexto político. E ainda complementa que o assassinato foi por motivos passionais, pois envolveu questões de chifre. Para o bem ou para o mal a Revolução de 30 se instala. Getúlio Vargas assumia o governo com a perspectiva de um governo novo. O arcabouço pretende ser diferente da República Velha. Vargas vai pegar os tenentes, vão apoiar Getúlio Vargas, menos os tenentes da Coluna Prestes. Em 1934 tem a constituição, faz-se a constituinte, mas exige 4 anos até 1938, em 1937, leis trabalhistas. Em 1937 não houve eleição, aconteceu um golpe dentro do golpe. Depois foi um período duro, ditatorial. Partido comunista chega ao Brasil em 1930. Relembra a Intentona Comunista em 1936. Éliton pergunta sobre o Massacre em Sobral ou Camocim em 1936 da qual morrem duas pessoas, alunos da sala questionaram o que é massacre? Carlos fala que foram assassinados hitleristicamente. Professor diz que só tem um lugar que acha bonito o bigode de Hitler (risadas). Wladenilson fala no Triangulo das Bermudas, Éliton diz nos Países Baixos. Há o uso da mídia. Paulo diz que sua avó fala positivamente no Governo de Vargas após o professor ter falado sobre a interpretação simplista que não cabe ao historiador. Faz um contraponto do FHC que diz que a Era Vargas acabou em relação a Lula dizendo que não. Fala que os PDFs estão bombando. Como o trabalhador abria a consciência quanto à realidade. Diz que sobre a tutela do Estado, os sindicatos participaram das ações das leis. Diz que não gosta de falar mais disso, mas insiste, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Camocim. Questiona sobre um comunista que comandava o STRC, até faz a pergunta. Diz que nada existe 100%. Luciana diz que o intuito dos professores era entrarem na reunião e da tropa de choque era intervir. O professor fala antes sobre a situação dos professores. Éliton e Jairo falam sobre ao emissoras que mostram tudo. O professor fala do uso da imagem. Fala do Deputado que passou lá para provocar. Não podemos dizer que os professores são os coitadinhos e os vilões são os policiais. Compara e diz que imagens são parecidas com a ditadura militar. O professor pergunta qual o maior patrimônio do Estado? Jairo responde que é o cidadão. Fala do grupo radical. Fica pasmo de dois deputados discutirem sobre as questões que são simplistas que faz se mijar todo. Éliton diz que um aluno disse que o professor é ruim, mas o governador é nosso. Professor pergunta sobre algumas questões, Éliton diz depois do intervalo. Professor diz para escutarmos a estudante Renata sobre a memória da aula anterior. Ela veio muito arrumada para a leitura do documento, professor fica preocupado com essas memórias que são uma faca de dois legumes. Os alunos questionaram a memória de Renata dizendo que estava faltando algumas coisas. Professor comenta sobre os estilos de comentários. Samara fala que a memória diz que é o ponto de vista de cada um. O professor mostra as garotas bem arrumadas. Fala de Lenine e da festa, faz a chamada e encerra por volta das 8 horas e 20 minutos.

Memória da Aula de Brasil III de 7 de outubro de 2011

Por José Ivo Melo da

7 de outubro de 2011 por volta as 19 hs tem inicio mais uma aula de história de Brasil III, disciplina ministrada pelo prof. Carlos Augusto Pereira dos Santos, que entra na sala e pergunta quem vai apresentar trabalhos na semana de história,como niguêm se manisfesta de forma positiva então vem aquele discurso, “Pessoal vocês estão no oitavo perido”... O professor faz uma nova pergunta quem possui curriculo lattes, mais uma vez mais uma vez fica surpreso por saber que mais da metade da sala não tem. Bem humorado como sempre  explica que o currículo lattes é a identidade do aluno, e aproveita para perguntar a Samara se esta tem currículo, Ela diz que não e Carlos então pergunta a Ednailson Passos e este sinaliza de forma positiva que tem. Neste momento entra na sala Paulo Roberto e Samara falr “Ele deve ter concerteza”. Então antes que Carlos Pergunte a Paulo se este possui Samara se antecipa mais uma vez e fala “Ele tem por que precisou fazer para entrar no Pet”. Sem entender o que estava acontecendo Paulo é informado que a turma está falando sobre o Curriculo Lattes, Paulo senta e aula continua.
            O professor pergunta onde agente parou na última aula. Emidio falou “foi na morte de uma mulher”, então o professor relembrou de uma professora de infância. O professor pergunta para a turma o que é redemocratização. Eu Ivo Melo repondo “ é volta da democracia”. Então Carlos pergunta “e antes não havia democracia?”...
O professor lembra que durante a ditadura militar as pessoas partiam para o enfrentamento com a polícia. Que a sociedade é onde os homens se associam, neste momento Ele esquece o que iria falar. A aula segue.
            Na tentativa de mostrar na história um momento onde realmente a população desfrutou de uma democracia, professor faz um retrospecto da história do Brasil desde o descobrimento em 1500, a vinda da família real para o Brasil em 1808, o fim da II Guerra Mundial, onde neste momento as ditaduras da Europa caiem e  tem o fim do Estado Novo aqui no Brasil, Ele diz que a guerra é importante para o despertar da consciência do povo uma vez que “não devemos nos deixar levar pelo canto do cisne”.
O professor falar sobre o mini-curso que dará na semana de história onde Ele abordará as experiências associativistas dos trabalhadores no Brasil.
Professor pergunta sobre os momentos que antecederam a ditadura militar, Paulo Roberto cita João Goulart. E o professor pergunta sobre o que as reformas implementada por João Goulart estabeleciam.
Wellinton cita a reforma agrária e Débora a Reforma Espacial. Ela estava se referindo a Construção de Brasília.
            Para facilitar o entendimento Carlos Augusto monta um quadro com as principais reformas que o Brasil precisa hoje, como reforma agrária, política, tributária, universitária, e trabalhista.  E lembra que as reformas impementadas por João Goulart não deram certo porque o povo não estava preparado para recebê-las.
            Eu Ivo Melo pergunto sobre os prontos positivos da ditadura militar, então o professor fala sobre a construção da Ponte Rio Niterói, a Construção da rodovia  transamazônica e lembra que neste momento o Brasil passou a ser a quinta maior economia do mundo.
Professor fala sobre o poder da imagem e cita a música  o retrato do velho de Francisco Alves, que embalava a campanha de Getúlio Vargas para a presidência do Brasil no ano de 1950. Neste momento Emídio destaca o livro de Rubens Alves, o que é política, onde ele diz que a poder a da imagem é tão forte a pessoa ao comprar uma casa não compra pelo projeto mas sim pela foto. Gleyciana fala sobre o outdoor que tem na entrada de Coreaú  mostrando as melhorias da cidade.
São 20 horas e 11 minutos e o Professor fala  “ta na hora de tomar um café” . e turma vai para o intervalo.
As 20 horas e 54 minutos a aula recomeça e o professor fala que era o pior professor do mundo, porém teve uma revelação e não explica para a turma que  revelação foi essa. Ele pergunta se já marcou a data da segunda AP e Flávio diz que será no dia 11 e Jonathan complementa vai ser no dia 11 do 11 de 2011, então o professor fica admirado por tal coincidência e  pergunta a Jonathan por Daniele Bispo aproveitando para mandar ele  investir nela.
 O professor faz a chamada de forma bem humorada  brincando com o nome dos alunos. Após a chamada, após a chamada Samara pergunta pela memória da última aula e Jonathan faz a sua leitura. Após a leitura o professor diz que as memórias devem ser mais seletivas.
 E pede para os alunos colocarem algumas questões sobre o período da redemocratização no Brasil.
Flávio pergunta de que forma a II guerra mundial interferiu na história do Brasil, então o professor fala sobre vitória dos aliados e a divisão do mundo em dois Blocos de influência.
O professor fala que os militares não contestavam o  governo de  Jk  mas não pensavam o mesmo do governo de Jânio que condecorou o mistro de Cuba Che Guevara  com a Grã Cruz da ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.
 Golpe aconteceu com o governo João Goulart por que os militares temiam que o pais virasse uma república sindicalista.
Professor adauto entra na sala e  fala sobre a a prova do dia na segunda feira dia de outubro, Adauto sai  e Carlos Augusto fala “acabou o milho acabou a pipoca” e termina a aula ás 21 horas e 37 minutos.














segunda-feira, 7 de novembro de 2011

MEMÓRIA DA AULA do dia 21 de outubro de 2001.: BRASIL III

Por Francisca Maria Carneiro Liberato

O professor Carlos Augusto inicia a aula com a leitura da memória da aula passada após, segue solicitando a atividade que pediu na aula anterior, entretanto não fica contente, pois “numa sala de mais ou menos 30 alunos somente uns sete entregaram”. Mesmo assim ler a atividade daqueles que fizeram e com base na leitura o professor pergunta qual seria a nota desses alunos no Enem. Novamente faz outra pergunta para a sala: “Vocês acharam interessante a forma como os colegas descreveram o documento?” A resposta dada somente por alguns não foi muito estimulante então, o professor nos chama atenção para termos mais imaginação e criatividade então ele cita um exemplo: “já pensou naquelas horas o cara pergunta pra você: foi bom?! E você não responde nada! Já imaginou a situação?
Em seguida o professor começa a explicar a História Conceitual e nos pede para ligarmos alguns conceitos como Cidadania, Corrupção, Direito e etc, com a forma de governo republicano. Ele nos fala também que está planejando algo em sua cabeça; uma nova forma de ministrar sua disciplina, um método que envolva todo o conteúdo não somente as partes; de uma forma cronológica para que o acadêmico possa perceber e compreender a história de forma concisa para que possa ter o máximo de aproveitamento da disciplina, nesse momento, Jackeline se pronuncia dando sua opinião logo após o professor se aproxima dela e pergunta se pode lhe dar um cheiro ela diz que sim!
Agora o professor pergunta ao Wladenilson qual é o método que ele usa para dar aula e ele explica que trabalha com resumos e tópicos para explicação do conteúdo, logo após é elogiado por alguns colegas da sala por usar essa metodologia inclusive a Luciana menciona que “esse método é melhor do que o método que muitos professores utilizam aqui na universidade”. Logo após o professor relembra como eram suas aulas de história onde o professor sentado no birô lia o texto de forma fadigosa e raramente havia alguma colocação dos alunos. Em seguida indaga sobre as inscrições do vestibular e pergunta-nos porque estamos fazendo um curso de história nesse período republicano, onde existem tantas outras oportunidades; e alguns alunos se pronunciam.
Prosseguindo a aula o professor nos fala de Nelson Werneck Sodré um grande homem que colaborou para a imprensa, e teve suas influencias na ditadura e forças armadas; nesse momento ele interrompe a aula para fazer uma observação se referindo a Jack e Ednailson que conversavam durante a explicação, então, o professor se pergunta: “gostaria de saber por que essas conversas não são socializadas com a sala”. Há um momento de silêncio e em seguida ele retoma a aula.
No decorrer da aula o professor nos fala da Responsabilidade Social no período da República, e faz uma observação com a importância da academia em dar retorno de seus trabalhos (monografias, dissertações teses dentre outros) para a sociedade, um dos meios seria a publicação dos trabalhos construídos na universidade, que por sua vez teriam que abarcar os níveis Fundamental, Médio e Superior.
Logo após o professor lança um tema: “Golpe de 64” e, a partir desse conceito como podemos desenvolver temas relacionados com Cidadania, Corrupção, Direitos, Deveres, Educação e Política. Nesse contexto Paulo Roberto coloca sua indagação com o curso de história, porque este, na sua opinião, não oferece uma boa preparação para que os professores formados possam “dar uma boa aula”. E o dilema é debatido. Professores licenciados da universidade muitas vezes não têm experiência em escolas de Ensino Fundamental e, na opinião de alguns alunos isso reflete na formação do acadêmico que pretende lecionar.
Nesse momento o professor concorda com os alunos, mas, pontua que essa boa experiência individual se concretiza também com a junção de várias coisas, como; a importâncias das práticas e vivencias dos alunos bem como o material didático pedagógico produzido por estes, sem falar nos estágios nas escolas, que é de fundamental importância. Wladenilson e Paulo Roberto enfatizam mais uma vez a importância das vivencias dos professores da universidade dentro das salas de fundamental e Médio. Deborah faz outra observação importante: “Além desses fatores outra grande dificuldade na área da educação é tentar levar o conteúdo histórico para as vivências dos alunos para que eles possam realmente se sentir engajados na sociedade e principalmente como sujeitos históricos. E para concluir percebemos que o curso tem uma grande visão voltada para as pesquisas que são importantes também, entretanto é necessário que a universidade priorize de forma especial a licenciatura para que assim possam ser formados bons profissionais.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Memória da aula. dia

Por  Renata Magda Nascimento Ferreira 

O professor distribuía livros. A Estefania leu a memória da aula passada. Posteriormente, o professor pediu que se fizessem comentários sobre essa leitura, não obtendo resposta à aula prosseguiu. Justamente no dia que decidi fazer a memória, dois outros colegas se interessaram (o Ivo e segundo o Jairo, a Gleiciane).
A aula começa com a fala do professor sobre o ideário republicano que se sobressairia sobre o coronelismo. Sendo assim, a República não foi um movimento social. A República foi se valendo da monarquia para se firmar.  A Samara comenta: “De acordo com um artigo que li D. Pedro desejou que o Brasil tivesse sorte e foi embora.” E o professor rebate: o golpe foi à surpresa. “Aquele cara deu um golpe no meu coração.” A aula segue com a leitura do texto. Com o auxílio do pincel que emprestei, Carlos Augusto faz um desenho no quadro e diz que quando o Brasil se torna monarquia à antiga América Espanhola se torna República.
 E.U.A lança a federação. Grande exemplo anterior a Revolução Francesa.
Núcleo na federação – de poder a autonomia as federações. Na Espanha o núcleo se esfacelou. O Brasil tinha medo de aderir pelo caso da Espanha, aqui, as províncias se transformaram em republiquetas. Foi preferível a centralização, ou seja, monarquia. Erámos província passamos a ser estados com alguma autonomia que obedeciam ao núcleo central. (militares)
Volta à leitura do texto “política dos governadores” São Paulo e Minas que depois se tornam a tal “política do café-com-leite”. “Comissão de verificação dos poderes”, embasado em interesses políticos, se dois fossem escolhidos, o mais influente mandava, ele comparou a Mucambo , cidade da colega Samara.
Citada oligarquia Acciloy depois da leitura do texto. “Juiz de roça” – Num local onde a mãe do Professor Carlos Augusto morava tinha um homem que resolvia todo e qualquer conflito.
Voltando a leitura do texto, falando agora sobre coronelismo, este era um novo tipo de poder que estava ligado a ascensão, ao capital. O Jairo questiona se o livro “raízes do Brasil” dá as bases do coronelismo. Segundo o mesmo, no Ipu o coronel manda e desmanda. As sociedades de determinados locais serem violentas pode ser devido a isto, a este tipo de governo? E o professor responde: É um fator preponderante porque cria a questão da violência. Essa violência é pela ausência de Estado. Comparando aos E.U.A é a cultura do velho oeste.
No Blog do Camocim os vereadores não querem a presença da P.R.E na cidade. Há relações de interesse por trás disso. O estado é corruptível. São as burlas do estado. Essa burla é a causa de todas as leis. O ato de burlar movimenta a História. Estamos sujeitos a várias regras de acordo com o que estamos inseridos. Quem não burla fica engessado.
Volta à leitura falando do cangaço. O professor cita a sua ideia de explicar a história a partir do Camocim. “O porto de Camocim necessitava de um posto de saúde”. Carlos Augusto tem esperanças de encontrar uma carta na fundação Oswaldo Cruz que fale mal de Camocim. “Fale bem, fale mal, mas fale de mim.” Frase lembrada pelo Emídio.
No momento das crises vamos fazer obras emergenciais. E, assim, o governo arrecada.  Voltando a leitura, a ideia agora é modernidade. Rio de Janeiro é outro estigma para São Paulo. Por sua vez, esta cidade é a cidade do trabalho e daí passa a se sobressair.
Na volta do intervalo o professor mostrou as temáticas que serão abordadas na monografia. A partir de um artigo o aluno vai relacionar o tema com o período republicano. São os “escritos da pesquisa.”
Retornando ao texto falou-se de São Paulo, na importância que o Nordeste teve na construção dessa ideologia de “cidade do trabalho.” Se falou também em Self-mademan, que é um individuo criado pelo capitalismo.


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Memória da Aula de Brasil III (16/09)

Por Teresa Stefânia Freire Aragão

           O professor Carlos Augusto iniciou a aula perguntando sobre quem iria fazer a memória da aula, me propus a fazer. Em seguida pediu a Ruth para ler a memória da aula passada (09/09/11). Depois o professor fez a chamada, como sempre de forma bem engraçada. Em seguida passou a discutir o texto de Isabel Lustosa - A História do Brasil explicada aos meus filhos, professores de história. O livro divide a História do Brasil em momentos (Brasil colonial, imperial, república) e é um livro que ele costuma trabalhar com professores de história, pois é um excelente material para quem já atua em sala de aula. Há muitas informações neste livro que não se encontram no livro didático.
         Logo depois, leu alguns fragmentos do texto e foi discutindo. Leu um fragmento do texto referente a Guerra do Paraguai e a República. Associou a farda dos militares ao poder. Referiu-se a questão militar como uma das motivações na transição do Império para República. Indicou a leitura do livro “Maldita Guerra” de Francisco Doratioto para quem mostra interesse em estudar mais sobre a Guerra do Paraguai. Como sempre falou de Camocim. O professor falou do trabalho que fizemos com ele no período passado (História do Brasil II), se referiu aos colegas que fizeram trabalhos sobre as associações abolicionistas. Explicou como a questão abolicionista influenciou no processo de transição do Império para a República. Falou de algumas leis abolicionistas, Lei do Ventre Livre e Lei dos Sexagenários. Leis estas que beneficiaram muito mais ao escravista do que ao escravo. 
        Em seguida a Comissão Organizadora da IX Semana de História pediu para dar um recado. Avisaram que as inscrições estariam abertas a partir da próxima semana. Falaram que a Semana de História será junto com a Semana de Letras, devido aos cinquenta anos dos dois cursos. Avisaram também que o professor Gleisson virá na Semana de História para uma conferência na quinta-feira. Logo que saíram o professor Carlos Augusto voltou a fazer a discussão do texto.
        Explicou que a autora escreve para “seus filhos”, ou seja, os 3 LUSTOSA, Isabel. A História do Brasil explicada aos meus filhos. RJ: Agir, 2007. p.59-84. continuou falando sobre a abolição. A Renata comentou sobre a mão-de-obra no período de transição do Império para a República, com fim da escravidão. O professor falou da liberdade precária dos escravos. 
         Houve uma discussão com relação ao negro na atualidade. O professor Carlos Augusto contou que ligou para a mãe dele para matar a saudade e ela lhe disse que não se encontra mais ninguém que queira trabalhar. O professor falou que é devido ao baixo salário que é ofertado para trabalhos relacionados com os trabalhos de escravidão de antigamente. O Edinailson comentou que leu um artigo que relacionava o quartinho da empregada com a senzala. Percebemos que a escravidão ainda tem um efeito sobre nós. Comentou-se também que o Governo está acostumando as pessoas a serem preguiçosas. Em seguida o Júlio apareceu na porta e perguntou se alguém havia perdido um chaveiro. 
       Logo depois o professor comentou que se perguntarmos para os alunos que personagem histórico eles gostariam de ser, grande parte responderia D. Pedro, Princesa Isabel, enfim personagens que estavam no poder. Indicou a leitura de um outro livro, “O Príncipe Maldito” de Mary Del Priore, e do filme “Discurso do Rei”. Falou ainda dos partidos políticos e da política das oportunidades. Comentou sobre alguns presidentes da República Brasileira e do carisma que um governante tem que ter. Comentou um pouco sobre a República dos Bacharéis (bacharelismo) e de um estudo que há sobre todos os presidentes da República, comentando que a maioria dos presidentes são formados em Direito. 
      Ao falar da Guerra de Canudos, de Antônio Conselheiro, o professor chama atenção para a palavra COMUNIDADE. Palavra que nos lembra não apenas união, mas também conflitos. Falou da experiência que ele teve numa comunidade agrícola, na qual ele ia para apaziguar os conflitos. Quando voltou a essa comunidade, alguns anos depois, lembra da forma importante como foi recebido. A Renata disse que ele era uma espécie de “Pajé”. O professor perguntou para alguns alunos em que época eles gostariam de estar. Alguns disseram que gostariam de ter vivenciado a Comunidade de Canudos, a década de1960, a abolição, a Revolução Farroupilha, entre outros acontecimentos.No decorrer da aula houve a participação de vários alunos: Renata, Jairo, Débora, Samara, Luciano, Edinailson, Paulo Roberto, Ilmara, Gleiciane, entre outros. Ao terminar a aula o professor fez novamente a chamada e disse que retomaria o texto na próxima aula.

Memória da Aula de Brasil III (09 /09)

Por Ruth Costa Rodrigues Lima

      A aula iniciou com professor Carlos Augusto conversando com quem já estava na sala sobre doenças, pois eu havia comentado que a Stefânia havia faltado porque estava doente. Depois ele comentou que a Sâmara e a Gleiciane estavam arrumadas e perguntou para a Sâmara se iria haver festa em Mucambo para ela estar tão arrumada naquele dia. Em seguida, ele pediu a ela que fizesse a leitura da memória da aula anterior e, em seguida, ele solicitou ao resto da turma que expressasse opiniões sobre o trabalho feito por ela na memória da aula. O Luciano comentou que ela fez um “excelente trabalho”, apesar de ele ter observado que faltaram citar alguns alunos que também haviam participado na aula anterior, citando o Marcos Vinícius como exemplo. Ela disse que não colocou todos os nomes de quem participara na aula anterior, pois algumas pessoas ela não lembrou ou não sabia o nome. Depois disso, o professor distribuiu para a turma um conto intitulado O Velho Lima e, depois de distribuir, foi lendo e comentando alguns aspectos como a ambientação e fazendo conexões com histórias pessoais dele que foi lembrando com o texto. Durante o processo de leitura e comentário, Luciano e Vladenilson interagiam com os comentários feitos por ele. Vladenilson perguntou ao professor o que significa a palavra nédia no texto, mas ele não sabia e, depois a Sâmara sugeriu que poderia significar “dedicada” devido ao contexto ao que a palavra estava inserida no texto. Em seguida o professor continuou a leitura, comentando ainda algumas expressões e enfatizando a emoção dos personagens em sua forma de ler. Comentou sobre as estações de metrô que Sobral ganhará, principalmente a estação que será no Junco, denominou ela de “Estação CCH”, gerando risos na sala. Ao final da leitura do conto o Vladenilson fez alguns comentários sobre o mesmo. Depois disso, o professor perguntou: O que a sala podia analisar de cunho literário nessa transição império-república? Luciano comentou que relendo o texto observou que as pessoas daquela época pensavam sobre a transição de uma maneira diferente, pelo que ele já havia observado relacionando o conto com outras leituras que ele havia feito antes. Em seguida, o professor faz outra pergunta: Vocês já viveram uma situação dessas de um dia ser de um jeito e no outro ser outro totalmente diferente? Usando como exemplo quando uma pessoa se converte a um credo religioso, em que essa pessoa rompe sua antiga cultura para aderir a outra totalmente diferente da sua original. Ele também falou desse assunto no sentido de governo, sobre as pessoas que chegaram ao governo com situações diferentes gerando assim uma expectativa ao resto da população. Ele relacionou esse questionamento ao aluno Daniel de Tianguá que havia vivido uma situação parecida. Emídio comentou, de uma forma engraçada, sobre um acontecimento de mudança no governo de sua cidade que influenciou diretamente seu emprego. Gerou também muitos risos na sala. O professor comentou com o Emídio e o resto da turma sobre esse fato e o relacionou com o conto. Luciana comentou sobre Seu Lima, um personagem no conto. Vladenilson particiou no comentário de Luciana. Em seguida, o professor comentou acerca do pensamento das pessoas acerca de transição de governo em Camocim. Neste momento, alguns alunos entram na sala e o professor comenta que isso só acontece hoje porque é República, pois no império isso não aconteceria, gerando mais risos na sala. Em seguida, ele fala sobre uma leitura que ele havia feito sobre o pensamento das pessoas e a atitude dos governantes no momento de transição império-república. O Marcos Vinícius e o Luciano, neste momento, participaram com comentários. Depois ele falou que a República, desde que foi instaurada mudou seus ideais iniciais e de como é o verdadeiro ideal que República deve ter, falou também de pacto federativo, citando o pré-sal. Jairo e Luciana participaram neste momento. Ela falou sobre royalties recebidos pela prefeitura. Depois o professor comentou que escolheu o texto para a aula em sua viagem no feriado do dia 7 de Setembro para Camocim e, a partir desse comentário, ele perguntou: Vocês vislumbraram o simbolismo neste 7 de Setembro? A Luciana comentou que viu no Jornal durante o feriado um protesto de professores em Fortaleza em que dizia em uma placa “Cid governe por amor, doe seu salário”. Depois ele comentou sobre a participação militar “como guardiões da constitucionalidade” quando assumiram o poder. A Luciana participou neste momento. O professor disse que as datas comemorativas relacionadas ao militarismo eram muito importantes antigamente e hoje não são mais. Falou que desde os anos 80 os desfiles de 7 de Setembro são desfiles da administração pública e que, o historiador tem o dever de analisar, assistir e refletir sobre esses desfiles. O Luciano fez um comentário sobre isso. O professor perguntou qual é um dos instrumentos do Estado e o Ed respondeu que era a Escola. Depois disso o professor comentou que na 1ª série ele havia desfilado vestido de soldado e que a mãe dele disse que ele era o mais bonito. Mais um momento de risos. Também falou dos movimentos de exceção na República. O Emídio e Jairo participaram neste momento. Depois disso foi feita a frequência e o professor retomou ao texto da aula anterior. Ele foi lendo alguns trechos do texto e falando do que o mesmo tratava, relacionando com outros assuntos. Falou sobre os acontecimentos no resto do mundo que influenciavam no Brasil e depois continuou lendo. Parou e falou da Bela Époque e como nós poderíamos trabalhar com esse tema em sala de aula com os nossos alunos. Falou também que o discurso do progresso aparece várias vezes na História brasileira. Mudou de assunto, e disso que é filho de um retirante deserdado do Piauí, gerando muitos risos. Depois continuou lendo e explicando alguns trechos do texto, continuando no assunto República. Disse que hoje podemos reviver ou refazer o passado, e antes, o passado era congelado. Comentou também sobre a estrutura do texto e das “construções frasais interessantes”, dizendo que o autor parecia estar inspirado. Vladenilson comentou do realismo do conto lido no primeiro momento da aula. Depois disso o professor perguntou se o silêncio da sala era de reflexão. Ele perguntou sobre isso a Sâmara e, ela respondeu que para ela o texto a havia remetido a outro que ela havia lido no 5º período. Ele encerrou falando sobre a necessidade que precisamos ter de disposição para a leitura.