Por Ruth Costa Rodrigues Lima
A aula iniciou com professor Carlos Augusto conversando com
quem já estava na sala sobre doenças, pois eu havia comentado que a Stefânia
havia faltado porque estava doente. Depois ele comentou que a Sâmara e a
Gleiciane estavam arrumadas e perguntou para a Sâmara se iria haver festa em
Mucambo para ela estar tão arrumada naquele dia. Em seguida, ele pediu a ela
que fizesse a leitura da memória da aula anterior e, em seguida, ele solicitou
ao resto da turma que expressasse opiniões sobre o trabalho feito por ela na
memória da aula. O Luciano comentou que ela fez um “excelente trabalho”, apesar
de ele ter observado que faltaram citar alguns alunos que também haviam
participado na aula anterior, citando o Marcos Vinícius como exemplo. Ela disse
que não colocou todos os nomes de quem participara na aula anterior, pois
algumas pessoas ela não lembrou ou não sabia o nome. Depois disso, o professor
distribuiu para a turma um conto intitulado O Velho Lima e, depois de
distribuir, foi lendo e comentando alguns aspectos como a ambientação e fazendo
conexões com histórias pessoais dele que foi lembrando com o texto. Durante o
processo de leitura e comentário, Luciano e Vladenilson interagiam com os
comentários feitos por ele. Vladenilson perguntou ao professor o que significa
a palavra nédia no texto, mas ele não sabia e, depois a Sâmara sugeriu que
poderia significar “dedicada” devido ao contexto ao que a palavra estava
inserida no texto. Em seguida o professor continuou a leitura, comentando ainda
algumas expressões e enfatizando a emoção dos personagens em sua forma de ler.
Comentou sobre as estações de metrô que Sobral ganhará, principalmente a
estação que será no Junco, denominou ela de “Estação CCH”, gerando risos na
sala. Ao final da leitura do conto o Vladenilson fez alguns comentários sobre o
mesmo. Depois disso, o professor perguntou: O que a sala podia analisar de
cunho literário nessa transição império-república? Luciano comentou que relendo
o texto observou que as pessoas daquela época pensavam sobre a transição de uma
maneira diferente, pelo que ele já havia observado relacionando o conto com
outras leituras que ele havia feito antes. Em seguida, o professor faz outra
pergunta: Vocês já viveram uma situação dessas de um dia ser de um jeito e no
outro ser outro totalmente diferente? Usando como exemplo quando uma pessoa se
converte a um credo religioso, em que essa pessoa rompe sua antiga cultura para
aderir a outra totalmente diferente da sua original. Ele também falou desse
assunto no sentido de governo, sobre as pessoas que chegaram ao governo com
situações diferentes gerando assim uma expectativa ao resto da população. Ele
relacionou esse questionamento ao aluno Daniel de Tianguá que havia vivido uma
situação parecida. Emídio comentou, de uma forma engraçada, sobre um
acontecimento de mudança no governo de sua cidade que influenciou diretamente
seu emprego. Gerou também muitos risos na sala. O professor comentou com o
Emídio e o resto da turma sobre esse fato e o relacionou com o conto. Luciana
comentou sobre Seu Lima, um personagem no conto. Vladenilson particiou no
comentário de Luciana. Em seguida, o professor comentou acerca do pensamento
das pessoas acerca de transição de governo em Camocim. Neste momento, alguns
alunos entram na sala e o professor comenta que isso só acontece hoje porque é
República, pois no império isso não aconteceria, gerando mais risos na sala. Em
seguida, ele fala sobre uma leitura que ele havia feito sobre o pensamento das
pessoas e a atitude dos governantes no momento de transição império-república.
O Marcos Vinícius e o Luciano, neste momento, participaram com comentários.
Depois ele falou que a República, desde que foi instaurada mudou seus ideais
iniciais e de como é o verdadeiro ideal que República deve ter, falou também de
pacto federativo, citando o pré-sal. Jairo e Luciana participaram neste
momento. Ela falou sobre royalties recebidos pela prefeitura. Depois o
professor comentou que escolheu o texto para a aula em sua viagem no feriado do
dia 7 de Setembro para Camocim e, a partir desse comentário, ele perguntou:
Vocês vislumbraram o simbolismo neste 7 de Setembro? A Luciana comentou que viu
no Jornal durante o feriado um protesto de professores em Fortaleza em que
dizia em uma placa “Cid governe por amor, doe seu salário”. Depois ele comentou
sobre a participação militar “como guardiões da constitucionalidade” quando
assumiram o poder. A Luciana participou neste momento. O professor disse que as
datas comemorativas relacionadas ao militarismo eram muito importantes
antigamente e hoje não são mais. Falou que desde os anos 80 os desfiles de 7 de
Setembro são desfiles da administração pública e que, o historiador tem o dever
de analisar, assistir e refletir sobre esses desfiles. O Luciano fez um
comentário sobre isso. O professor perguntou qual é um dos instrumentos do
Estado e o Ed respondeu que era a Escola. Depois disso o professor comentou que
na 1ª série ele havia desfilado vestido de soldado e que a mãe dele disse que
ele era o mais bonito. Mais um momento de risos. Também falou dos movimentos de
exceção na República. O Emídio e Jairo participaram neste momento. Depois disso
foi feita a frequência e o professor retomou ao texto da aula anterior. Ele foi
lendo alguns trechos do texto e falando do que o mesmo tratava, relacionando
com outros assuntos. Falou sobre os acontecimentos no resto do mundo que
influenciavam no Brasil e depois continuou lendo. Parou e falou da Bela Époque
e como nós poderíamos trabalhar com esse tema em sala de aula com os nossos
alunos. Falou também que o discurso do progresso aparece várias vezes na
História brasileira. Mudou de assunto, e disso que é filho de um retirante
deserdado do Piauí, gerando muitos risos. Depois continuou lendo e explicando
alguns trechos do texto, continuando no assunto República. Disse que hoje
podemos reviver ou refazer o passado, e antes, o passado era congelado.
Comentou também sobre a estrutura do texto e das “construções frasais
interessantes”, dizendo que o autor parecia estar inspirado. Vladenilson
comentou do realismo do conto lido no primeiro momento da aula. Depois disso o
professor perguntou se o silêncio da sala era de reflexão. Ele perguntou sobre
isso a Sâmara e, ela respondeu que para ela o texto a havia remetido a outro
que ela havia lido no 5º período. Ele encerrou falando sobre a necessidade que
precisamos ter de disposição para a leitura.
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