sábado, 10 de setembro de 2011

Memória da Aula de Brasil III ( 26/08)


por Aline Mendes Lopes¹

       A aula inicia-se com o professor Carlos Augusto relembrando as propostas avaliativas para o semestre, sendo que a última nota (AP3) será dada pela Memória da Aula e a Ap2 será um artigo relacionando o tema a ser estudado, República, aos escritos de pesquisa da Monografia. Em seguida o professor escreveu na lousa a palavra República e pediu ao aluno Paulo Roberto que fizesse a leitura da Memória da Aula anterior, enquanto era lida alguns alunos iam chegando e se acomodando nas cadeiras.
     O professor abriu uma discussão sobre o que havia sido descrito, cobrando alguns momentos que não foram registrados como a relação do texto Um General na Biblioteca, de Ítalo Calvino, com o tema das aulas de Brasil III, discutindo os detalhes sobre o conteúdo e a questão da leitura. A aluna Samara Ferreira deu sua contribuição nesse sentido lembrando do que foi debatido na aula anterior, o que nos permitiu fazer uma análise sobre o tempo que dedicamos à leitura. 
   Houve então, a aprovação da memória feita pelo Paulo Roberto com a colaboração da Gleiciane Albuquerque, neste momento abre-se a oportunidade para alguém se propor a fazer o registro da aula, eu, Aline Mendes, me prontifiquei. O aluno Jairo Alves indaga se não haverá memória da aula do dia da palestra do I Seminário PET² , como ninguém quis fazer ficou mesmo apenas com os comentários, criticas referentes às apresentações de trabalho e elogios.
    O texto trazido para a discussão na aula é da historiadora Mary Del Priore: Nasce a República. Os questionamentos giraram em torno do que foi a transição do Império para esse novo período denominado República e como a historiografia brasileira relata os acontecimentos, mostrando as divergências dos ideais republicanos. Os meus colegas citaram alguns fatos históricos do momento em discussão como a abolição da escravidão, questões militares, a não participação popular, movimentos de resistência a República lembrando Canudos, a propaganda da Republica no Império, entre outros.
     E não podia faltar Camocim nas aulas de Carlos Augusto, começou a pensar e questionar sobre como foi à reação dos camucinenses ao saberem da proclamação da republica, instigando os alunos a refletirem sobre a relação entre diferentes espaços e tempos no contexto da época. Daí pra frente algumas questões foram pensadas e algumas conclusões tiradas, como por exemplo, que este foi um regime que se instaura de um dia para o outro, sem autonomia mantendo o poder centralizado nas mãos de um grupo de elite, no qual há todo um “jogo de poder” para a implantação do regime republicano.
   A aula continua com o professor lendo trechos do texto da Del Priore, e nos fazendo lembrar de momentos em que a presença militar foi crucial para as mudanças ocorridas no Brasil, a historiadora faz uma leitura simplória dos acontecimentos, porém denunciadora, definindo a república como quartelada onde o povo assistiu bestializado a tudo, o professor nos chama a atenção para a construção semântica das palavras afirmando que tudo é uma construção historiográfica.
    Neste momento acontece um fato inusitado, poderia deixar de fora, mas esses momentos precisam ser registrados para lembrarmos um pouco do que é realmente ser acadêmico de História, do que estamos fazendo com o nosso tempo e com as nossas leituras: o professor faz aquela pergunta³  onde todos os alunos parecem o “Kiko” chuta, chuta e não acerta, pois é, mas quando estavam quase desistindo, o Jonas Gomes salvou a nossa sala respondendo corretamente e o professor se ajoelhou e ofereceu uma moeda. Esse não foi à única ocasião critica da aula. Mas continuando, fomos falando desses momentos do Brasil República com direito a desabafo do professor sobre as suas expectativas para o dia e as decepções diárias em relação aos seus vários momentos de procura por motivação.
    Para a conclusão da aula foi proposto uma atividade de produção textual depois de lido o preâmbulo do Livro “A casa do Povo”, a atividade consistia na analise de um oficio expedido em Camocim em 26 de novembro de 1889 para tentar compreender como se deu a transição do império para a república, o que está implícito e o que está explicito, procurando perceber o sentido das palavras. Depois de explicar a produção textual, o professor retirou-se da sala deixando os alunos produzir suas considerações a cerca do documento que foi transcrito na lousa.
Os trabalhos entregues, feitos em dupla, foram dos seguintes alunos: José Ivo Melo da Silva e Ilmara Lima; Gleiciane Albuquerque e Emidio Johnson Sales, Daiane Cristine Silva Agostinho e Luciana Fontenele Magalhães; feito em quarteto: Antonia Cristiane Fontenele Souza, Jairo Alves Gomes, Ruth Costa Rodrigues Lima e Tereza Stefania Aragão; e individual: Paulo Roberto Sales Neto. As análises foram focadas no apoio dos camucinenses a república proclamada percebendo a exaltação ao fato histórico sendo considerado um “heróico paço que derão na vanguarda” , chamaram a atenção ainda da ligação entre Igreja e Estado, pois no fim do documento há uma menção a Deus.

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Feito com a colaboração de João Paulo Farias
2 Seminário realizado nos dias 17,18 e 19 de agosto no campus do Junco
O professor perguntou a turma de um outro momento de mudança antes de Getulio Vargas chegar ao poder. Depois de alguns chutes, e o professor quase desistindo, o aluno Jonas Gomes fala do Tenentismo.

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