por Samara Ferreira.
Ministrada pelo professor Carlos Augusto Pereira dos Santos a aula de Brasil III ocorrida na sexta feira passada ( 2 de setembro ), teve como tópico de discussões o texto: O prelúdio republicano: astúcias da ordem e ilusões do progresso, de autoria de Nicolau Sevcenko, no qual ele discute este processo de transformação que a República proporcionou ao Brasil.
Logo no início da aula o professor nos fez analisar o titulo do texto e através dele fazer uma especulação do que iria tratar o mesmo. Subdividindo o titulo em duas partes nos indagou o que significaria o prelúdio republicano, fazendo nos pensar os acontecimentos que ocorreram antes do período republicano, o contexto que estava sendo vivido e os próprios acontecimentos que indicavam o novo regime político que estava por vir. Com a frase seguinte astucias da ordem e ilusões do progresso, possibilitou aos alunos darem sua opinião e expressarem seus conhecimentos do que representaria as palavras ordem e progresso para a República, apesar da pouca participação da turma, nos ficou claro que o pressuposto filosófico desta são a ordem e o progresso, baseadas nestes pilares o regime cria sua fundamentação e toda sua base ideológica.
Quanto a palavra “ilusões” o autor de uma forma critica vai nos dizer que o regime é falho. Logo após essa desconstrução semântica do titulo do texto e das especulações quanto as discussões que o autor traria no mesmo, passamos a discuti-lo como um todo.
O momento de transição de governos e a guerra de canudos foram os primeiros pontos de discussão onde alguns alunos ( Marcos Vinicius, Flavio Félix, Fran e Paulo Roberto) fizeram comentários a cerca de suas leituras, as impressões e principalmente das próprias conclusões do que teria representado a “chegada da República” para o povo. No que então o professor utiliza a seguinte frase para explicar o que seria este sistema de governo “ A República faz um antagonismo entre o que era velho, referindo- se ao novo.” ( Carlos Augusto)
A partir desta afirmação o professor nos disse que a República não caiu do céu, que foi resultado de uma modernidade, que trouxe consigo inovações e que levaram a transformações também no campo ideológico. A idéia de moderno traz o sentido de velocidade, conceito de liberdade alterando os modos de viver e pensar das pessoas, conseguindo alcançar o Brasil, que ainda era um império em “meio a um mar de repúblicas.” ( Carlos Augusto).
O progresso fez surgir o sentimento patriótico em prol dos novos ideais de nação. O nacionalismo pode-se dizer possibilitou este acontecimento abrupto: a República, que deixou o povo bestificado. Mas quem seria este povo, já quem nem todo mundo estava assim tão alheio aos fatos políticos e as novas ideologias deste momento de transição histórica? Essas foram algumas das indagações que nos permitiram analisar através de outra perspectiva um discurso que muitas vezes nos parece comum.
Após o intervalo ainda houve mais questionamentos de como ocorreu a construção histórica do contexto, no qual o povo reclamava maior participação no governo e da representatividade de Canudos neste período.
Já no fim da aula foi explicado sobre a Revolta da Vacina, o jogo de interesses que envolvem o modo de pensar do povo e como as cidades vão sendo transformadas ou remodeladas para a criação de uma atmosfera de Belle Époque.
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