quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Memória da aula História do Brasil III, 04 de novembro de 2011

Por Gleiciane Albuquerque
Colaboração: Paulo Roberto Sales Neto
Emídio Johnson Sales


Como no início, foi feita a leitura da memória da aula anterior. Após lida não houve comentários da turma a respeito da memória. Logo depois o Prof. Carlos Augusto queria saber como estão nossas pesquisas. Alguns abordaram as suas, e apontaram como estão os encaminhamento.
Após isto, o Prof. Carlos Augusto, nos comunicou que haveria uma palestra de encerramento do círculos de estudos marxistas, nesta a discussão se dava a respeito “dos marxismos”, discussão promovida pelo grupo de estudos de Marx, da UVA. Dessa forma a maioria da turma achou melhor ir assistir a palestra, enquanto outros acharam melhor dar continuidade estudando e aproveitando o tempo para avançar em suas atividades da disciplina de História do Brasil III. Ainda na sala foi anunciado a prorrogação da entrega do artigo para o dia 18 deste mês, já que grande parte da turma ainda não havia dado início ao seu artigo.
A palestra discutia “Os marxismos”, já que não se fala somente em marxismo uma vez que o conceito nos dias atuais não é classificado como monolítico, não é único, e que alguns professores equivocadamente acabam confundindo as ideias marxistas, como uno, justamente por não saber a importância destas, discutia o Prof. Dr. Manuel, do curso de Ciências Sociais da UVA. Ele iniciou falando que ficava contente por a História está discutindo Marx. Como a História é dinâmica, feita de luta de classes, não podemos deixar de estudar, debater Marx, e os marxismos na academia, da mesma forma que não dar para discutir Marx, que passeou pelo Direito, Filosofia, e pela Economia, sem falar de luta de classes. Uma vez que dentro do próprio marxismo sempre houve debates, os mesmos nunca foram idólatras de Marx.
Na palestra ainda foi discutido se Marx teria errado em suas teorias. Discutiu-se também o materialismo categórico de Febev, Lenin. O mesmo mencionou ainda que o termo marxistas não foi utilizado por Marx, mas pelos Anarquistas na Associação Internacional dos Trabalhadores.
O Prof. Dr. Manuel ainda falou que pouco se fala de marxismo nos cursos de economia. Isso se dar pelo fato de ainda haver uma hegemonia monetarística de alguns curso de economia, e que História da economia foi escorraçada dos curso de economia. O mesmo mencionou que devido a crise capitalista foi realizada uma pesquisa pela BBC, e constou que Marx é o autor mais atual, pois este foi o teórico das crises, ele falou ainda que suas ideias estão sendo reavivadas. Seguindo o curso, as discussões passaram a ser direcionadas a questão do trabalho, já que o capitalismo modificou a ideias de trabalho tornando-o massificado e criando a classe operária, unificou o mundo através do mercado.
Muito se fala em crise do socialismo, na morte no marxismo, mas aonde teria errado Marx? E as esquerdas atuais o que fazem? As sociedades estão em crises? O que estão fazendo as esquerdas? Dessa forma é fundamental discutir Marx, porque este deu uma importante contribuição para as teorias socialistas, para a cultura, a política, a economia. E principalmente para a História.
Assim o capitalismo advindo da Ética protestante e o espírito do capitalismo, coloca o trabalhador como um sujeito da revolução, que também é uma classe revolucionária, não a única. Dessa forma o Prof. Dr. Manuel ainda discutiu o marxismo no terceiro mundo. Durante a palestra foi abordado que a luta de classes não é fato do passado, já que está muito presente nos dias atuais, por exemplo quando falamos em greves trabalhistas por melhores condições de trabalhos ou de salários, etc.
Da mesma forma que o capitalismo vive em constantes crises econômicas, já que na atualidade se produz muito, e temos uma grande parcela da sociedade com pouquíssimas condições de consumo. O Prof. afirmou também que a propriedade destrói o capitalismo e não a falta de alimentos. Ainda foi abordado que o Partido dos Trabalhadores - PT, perdeu suas características de origem, hoje está infiltrado nas classes empresariais. Será?
Com a palavra o Prof. Agenor Júnior (Coordenador do Curso de História), abordou a formação dos estudantes de História, pois embora se falam na morte do marxismo, a história social surgiu deste, não podemos então fugir dessas discussões. O Prof. falou ainda que o período militar silenciou a História, muitos sujeitos ficaram anônimos. Dessa forma podemos pensar que talvez seja por isso que houve uma negação dos estudos marxistas. Que estamos vivendo em um mundo pós-social, e que as teorias das classes sociais não dão mais conta da realidade. O Prof. Weber do Curso de Ciências Sociais também deu colaboração.
A Profª. Josefa indagou de “o porque” de não discutirmos marxismo na atualidade. Eles erraram? Ninguém mais acredita no marxismo? É somente uma ideologia? Ela afirmou que Marx está esquecido. Ele Perdeu sua validade? Não podemos perder os estudos marxistas. Qual a grande teoria de Marx? Ele busca as suas raízes por isso falamos que quando alguém adere as suas ideias, ele torna-se um radical, convencido de suas ideias similar as pessoas que aderem a uma religião tornando convencido e defensor dessas ideias. Assim ser marxistas é buscar nossas raízes, já que o homem é a raiz.
O Prof. Carlos Augusto lembrou de uma aula que teve segundo ele há muitos anos com o Prof. Manuel e que este perguntou se ele sabia que Camocim havia sido uma cidade vermelha. Foi a partir dessa indagação que ele iniciou uma pesquisa que resultou na sua dissertação de mestrado.
O Prof. Benedito Genésio, se propôs a explicar o marxismo através da palavra “trabalho” sendo este um produto que o homem deve usar para o bem dele, para o bom convívio na sociedade. Não deixando que o trabalho nos domine, nos escravize, nos controle. Essa era a crítica de Marx em relação ao trabalho e economia. O Prof. Benedito citou que Marx era antes de tudo um antropólogo. Resumiu a teoria de Marx falando que o eixo principal de sua teoria é o HOMEM. Que o homem é quem transforma o mundo ao mesmo tempo em que se transforma.

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