Por Francisca Maria Carneiro Liberato
O professor Carlos Augusto inicia a aula com a leitura da memória da aula passada após, segue solicitando a atividade que pediu na aula anterior, entretanto não fica contente, pois “numa sala de mais ou menos 30 alunos somente uns sete entregaram”. Mesmo assim ler a atividade daqueles que fizeram e com base na leitura o professor pergunta qual seria a nota desses alunos no Enem. Novamente faz outra pergunta para a sala: “Vocês acharam interessante a forma como os colegas descreveram o documento?” A resposta dada somente por alguns não foi muito estimulante então, o professor nos chama atenção para termos mais imaginação e criatividade então ele cita um exemplo: “já pensou naquelas horas o cara pergunta pra você: foi bom?! E você não responde nada! Já imaginou a situação?
Em seguida o professor começa a explicar a História Conceitual e nos pede para ligarmos alguns conceitos como Cidadania, Corrupção, Direito e etc, com a forma de governo republicano. Ele nos fala também que está planejando algo em sua cabeça; uma nova forma de ministrar sua disciplina, um método que envolva todo o conteúdo não somente as partes; de uma forma cronológica para que o acadêmico possa perceber e compreender a história de forma concisa para que possa ter o máximo de aproveitamento da disciplina, nesse momento, Jackeline se pronuncia dando sua opinião logo após o professor se aproxima dela e pergunta se pode lhe dar um cheiro ela diz que sim!
Agora o professor pergunta ao Wladenilson qual é o método que ele usa para dar aula e ele explica que trabalha com resumos e tópicos para explicação do conteúdo, logo após é elogiado por alguns colegas da sala por usar essa metodologia inclusive a Luciana menciona que “esse método é melhor do que o método que muitos professores utilizam aqui na universidade”. Logo após o professor relembra como eram suas aulas de história onde o professor sentado no birô lia o texto de forma fadigosa e raramente havia alguma colocação dos alunos. Em seguida indaga sobre as inscrições do vestibular e pergunta-nos porque estamos fazendo um curso de história nesse período republicano, onde existem tantas outras oportunidades; e alguns alunos se pronunciam.
Prosseguindo a aula o professor nos fala de Nelson Werneck Sodré um grande homem que colaborou para a imprensa, e teve suas influencias na ditadura e forças armadas; nesse momento ele interrompe a aula para fazer uma observação se referindo a Jack e Ednailson que conversavam durante a explicação, então, o professor se pergunta: “gostaria de saber por que essas conversas não são socializadas com a sala”. Há um momento de silêncio e em seguida ele retoma a aula.
No decorrer da aula o professor nos fala da Responsabilidade Social no período da República, e faz uma observação com a importância da academia em dar retorno de seus trabalhos (monografias, dissertações teses dentre outros) para a sociedade, um dos meios seria a publicação dos trabalhos construídos na universidade, que por sua vez teriam que abarcar os níveis Fundamental, Médio e Superior.
Logo após o professor lança um tema: “Golpe de 64” e, a partir desse conceito como podemos desenvolver temas relacionados com Cidadania, Corrupção, Direitos, Deveres, Educação e Política. Nesse contexto Paulo Roberto coloca sua indagação com o curso de história, porque este, na sua opinião, não oferece uma boa preparação para que os professores formados possam “dar uma boa aula”. E o dilema é debatido. Professores licenciados da universidade muitas vezes não têm experiência em escolas de Ensino Fundamental e, na opinião de alguns alunos isso reflete na formação do acadêmico que pretende lecionar.
Nesse momento o professor concorda com os alunos, mas, pontua que essa boa experiência individual se concretiza também com a junção de várias coisas, como; a importâncias das práticas e vivencias dos alunos bem como o material didático pedagógico produzido por estes, sem falar nos estágios nas escolas, que é de fundamental importância. Wladenilson e Paulo Roberto enfatizam mais uma vez a importância das vivencias dos professores da universidade dentro das salas de fundamental e Médio. Deborah faz outra observação importante: “Além desses fatores outra grande dificuldade na área da educação é tentar levar o conteúdo histórico para as vivências dos alunos para que eles possam realmente se sentir engajados na sociedade e principalmente como sujeitos históricos. E para concluir percebemos que o curso tem uma grande visão voltada para as pesquisas que são importantes também, entretanto é necessário que a universidade priorize de forma especial a licenciatura para que assim possam ser formados bons profissionais.
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