Por Jonatan Magalhães Rodrigues
Sexta-feira, trinta de setembro de dois mil e onze, por volta das sete horas da noite na sala do oitavo período do Curso de História no Centro de Ciências Humanas da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UEVA localizada na Avenida John Sanford no Bairro do Junco na cidade de Sobral, Estado do Ceará começa mais uma aula da disciplina História do Brasil III do Professor Carlos Augusto Pereira dos Santos.
De início e como de praxe o professor pergunta pela pessoa que fez a memória da última aula, mas não estava na sala, pois não havia chegado. Expõe o novo tema da aula sobre História do Brasil de 1930 em diante, fazendo questionamentos a respeito do título: 1930 – O Estado Getulista. Luciana faz indagações sobre a Era Vargas associando ao título. Paulo faz menção à pessoa de o presidente conseguir e ditar regras que deixaram seu nome na História do Brasil. De repente o professor se depara com a presença de uma visitante ilustre, uma prima de Renata, caracterizando sua entrada na sala como uma “chegada estrepitosa”, pergunta por seu nome da qual responde: Leilane.
Logo em seguida e continuando o envolvimento sobre o assunto Jonatan fala do contexto mundial sobre a Crise de 1929 enfatizando que o capitalismo antes era liberal, mas depois com interferência do Estado na economia passou a ser monopolista e faz associações com o modo de governo de Getúlio Vargas, da qual incentivou a criação de indústrias de base. Wladenilson fala sobre vários conceitos que aquela temática podia oferecer. Carlos Augusto diz que o nome de Vargas era muito concentrado no Estado e faz a seguinte pergunta: O que é Era? Com o silêncio característico dos alunos disse que sua filha na quarta série sabia. Wladenilson diz que é um período, e Carlos Augustos aprova.
O professor continua dizendo que por conta da legislação trabalhista o Estado Getulista se torna conhecido. Demonstra que o trabalhador ao longo da história era e foi tratado como um caso de polícia contextualizando com a situação dos professores da rede pública de ensino do Estado do Ceará que estão buscando por melhorias nas condições de trabalho e financeiras. Mas retomando a aula o professor revela uma vontade própria: “Eu preciso um dia ter tempo para ler o Diário de Vargas”, pois conta que “uma coisa é o que se diz outro o que se diz dele mesmo”, ou seja, de Vargas e continua “o Governo Vargas foi muito importante”. Inesperadamente o Professor Adauto Duque interrompe a aula para alguns avisos e pergunta se pode? Carlos Augusto responde: “Você é quem manda nessa chibata!”. Logo após os avisos retomamos a aula, o professor diz que Getúlio Vargas tinha uma afinidade com os trabalhadores, pois recebia cartas destes.
Nesse momento Carlos Augusto rumina certas memórias da assinatura de uma revista num momento onde não havia as redes sociais na Internet, nisso ele reforça que teve que colocar o seu perfil e lamenta ter perdido essas assinaturas, cartas, pois eram nelas que ele colocava tudo sobre o que gostava o que era, e mais coisas, inclusive que gostava de fazer poesias. Faz um contraponto revelando que as assinaturas poderiam ter servido de fonte de estudos comparando a internet com o período que não havia internet.
Dando continuidade questiona porque não há uma era prudentina. Luciana fala da Era Lula. Mas o professor ressalta que o Governo de Vargas se constitui um dos períodos mais estudados da História do Brasil, e pergunta sobre 1929, fala do Crack e o que nós sabemos sobre ele. Wladenilson fala sobre a crise não afetou somente o Estados Unidos. O que aconteceu de 1920 até 1930? Pergunta o professor. Paulo Roberto responde que foi o Tenentismo que foi a raiz de 30. O professor recomenda leitura sobre Tenentismo destacando Nelson Werneck Sodré. Os militares estão divididos na História do Brasil: Revolta do 18 do Forte de Copacabana, Coluna Prestes. Este era um movimento que queria reformas no governo, direito ao voto. Caminhava todo o Brasil incentivando as pessoas para tais mudanças. A Coluna Prestes foi muito presente na História do Ceará. Passou pelo Ipu, Arneiroz e complementa que o destacamento da Coluna expropriava a elite nos lugares que passava, a propaganda dizia que eles saqueavam. Mas eles faziam uma requisição e quando a Revolução acontecesse retornaria tudo o que foi requerido. Criava o mito que não comiam a carne da traseira. Diziam que tinham pauta com o cão, Jairo diz: “não gostava da bunda”.
O professor aponta que realmente foi um golpe. Como eram feitas as eleições na República Velha? João Paulo diz que era no Bico de pena. Cada partido fazia que o eleitor votasse em seus candidatos. Renata questiona sobre a segurança do voto. O professor fala que agora é impossível a manipulação. Pergunta o que a mulher tem a ver com a Revolução de 30. Fala da Independência. Da Abolição da Escravatura. Observa pasmo Francine. João Pessoa apoiava Getúlio Vargas, mas perdera a eleição. Foi assassinado sendo um pretexto político. E ainda complementa que o assassinato foi por motivos passionais, pois envolveu questões de chifre. Para o bem ou para o mal a Revolução de 30 se instala. Getúlio Vargas assumia o governo com a perspectiva de um governo novo. O arcabouço pretende ser diferente da República Velha. Vargas vai pegar os tenentes, vão apoiar Getúlio Vargas, menos os tenentes da Coluna Prestes. Em 1934 tem a constituição, faz-se a constituinte, mas exige 4 anos até 1938, em 1937, leis trabalhistas. Em 1937 não houve eleição, aconteceu um golpe dentro do golpe. Depois foi um período duro, ditatorial. Partido comunista chega ao Brasil em 1930. Relembra a Intentona Comunista em 1936. Éliton pergunta sobre o Massacre em Sobral ou Camocim em 1936 da qual morrem duas pessoas, alunos da sala questionaram o que é massacre? Carlos fala que foram assassinados hitleristicamente. Professor diz que só tem um lugar que acha bonito o bigode de Hitler (risadas). Wladenilson fala no Triangulo das Bermudas, Éliton diz nos Países Baixos. Há o uso da mídia. Paulo diz que sua avó fala positivamente no Governo de Vargas após o professor ter falado sobre a interpretação simplista que não cabe ao historiador. Faz um contraponto do FHC que diz que a Era Vargas acabou em relação a Lula dizendo que não. Fala que os PDFs estão bombando. Como o trabalhador abria a consciência quanto à realidade. Diz que sobre a tutela do Estado, os sindicatos participaram das ações das leis. Diz que não gosta de falar mais disso, mas insiste, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Camocim. Questiona sobre um comunista que comandava o STRC, até faz a pergunta. Diz que nada existe 100%. Luciana diz que o intuito dos professores era entrarem na reunião e da tropa de choque era intervir. O professor fala antes sobre a situação dos professores. Éliton e Jairo falam sobre ao emissoras que mostram tudo. O professor fala do uso da imagem. Fala do Deputado que passou lá para provocar. Não podemos dizer que os professores são os coitadinhos e os vilões são os policiais. Compara e diz que imagens são parecidas com a ditadura militar. O professor pergunta qual o maior patrimônio do Estado? Jairo responde que é o cidadão. Fala do grupo radical. Fica pasmo de dois deputados discutirem sobre as questões que são simplistas que faz se mijar todo. Éliton diz que um aluno disse que o professor é ruim, mas o governador é nosso. Professor pergunta sobre algumas questões, Éliton diz depois do intervalo. Professor diz para escutarmos a estudante Renata sobre a memória da aula anterior. Ela veio muito arrumada para a leitura do documento, professor fica preocupado com essas memórias que são uma faca de dois legumes. Os alunos questionaram a memória de Renata dizendo que estava faltando algumas coisas. Professor comenta sobre os estilos de comentários. Samara fala que a memória diz que é o ponto de vista de cada um. O professor mostra as garotas bem arrumadas. Fala de Lenine e da festa, faz a chamada e encerra por volta das 8 horas e 20 minutos.
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