sábado, 10 de setembro de 2011

Memória da Aula de Brasil III (02/09)

 por Samara Ferreira.


    Ministrada pelo professor Carlos Augusto Pereira dos Santos a aula de Brasil III ocorrida na sexta feira passada ( 2 de setembro ), teve como tópico de discussões o texto: O prelúdio republicano: astúcias da ordem e ilusões do progresso, de autoria de Nicolau Sevcenko, no qual ele discute este processo de transformação que a República proporcionou ao Brasil.
    Logo no início da aula o professor nos fez analisar o titulo do texto e através dele fazer uma especulação do que iria tratar o mesmo. Subdividindo o titulo em duas partes nos indagou o que significaria o prelúdio republicano, fazendo nos pensar os acontecimentos que ocorreram antes do período republicano, o contexto que estava sendo vivido e os próprios acontecimentos que indicavam o novo regime político que estava por vir. Com a frase seguinte astucias da ordem e ilusões do progresso, possibilitou aos alunos darem sua opinião e expressarem seus conhecimentos do que representaria as palavras ordem e progresso para a República, apesar da pouca participação da turma, nos ficou claro que o pressuposto filosófico desta são a ordem e o progresso, baseadas nestes pilares o regime cria sua fundamentação e toda sua base ideológica.
    Quanto a palavra “ilusões” o autor de uma forma critica vai nos dizer que o regime é falho. Logo após essa desconstrução semântica do titulo do texto e das especulações quanto as discussões que o autor traria no mesmo, passamos a discuti-lo como um todo.
   O momento de transição de governos e a guerra de canudos foram os primeiros pontos de discussão onde alguns alunos ( Marcos Vinicius, Flavio Félix, Fran e Paulo Roberto) fizeram comentários a cerca de suas leituras, as impressões e principalmente das próprias conclusões do que teria representado a “chegada da República” para o povo. No que então o professor utiliza a seguinte frase para explicar o que seria este sistema de governo “ A República faz um antagonismo entre o que era velho, referindo- se ao novo.” ( Carlos Augusto)
   A partir desta afirmação o professor nos disse que a República não caiu do céu, que foi resultado de uma modernidade, que trouxe consigo inovações e que levaram a transformações também no campo ideológico. A idéia de moderno traz o sentido de velocidade, conceito de liberdade alterando os modos de viver e pensar das pessoas, conseguindo alcançar o Brasil, que ainda era um império em “meio a um mar de repúblicas.” ( Carlos Augusto).
   O progresso fez surgir o sentimento patriótico em prol dos novos ideais de nação. O nacionalismo pode-se dizer possibilitou este acontecimento abrupto: a República, que deixou o povo bestificado. Mas quem seria este povo, já quem nem todo mundo estava assim tão alheio aos fatos políticos e as novas ideologias deste momento de transição histórica? Essas foram algumas das indagações que nos permitiram analisar através de outra perspectiva um discurso que muitas vezes nos parece comum. 
   Após o intervalo ainda houve mais questionamentos de como ocorreu a construção histórica do contexto, no qual o povo reclamava maior participação no governo e da representatividade de Canudos neste período.
   Já no fim da aula foi explicado sobre a Revolta da Vacina, o jogo de interesses que envolvem o modo de pensar do povo e como as cidades vão sendo transformadas ou remodeladas para a criação de uma atmosfera de Belle Époque.



Memória da Aula de Brasil III ( 26/08)


por Aline Mendes Lopes¹

       A aula inicia-se com o professor Carlos Augusto relembrando as propostas avaliativas para o semestre, sendo que a última nota (AP3) será dada pela Memória da Aula e a Ap2 será um artigo relacionando o tema a ser estudado, República, aos escritos de pesquisa da Monografia. Em seguida o professor escreveu na lousa a palavra República e pediu ao aluno Paulo Roberto que fizesse a leitura da Memória da Aula anterior, enquanto era lida alguns alunos iam chegando e se acomodando nas cadeiras.
     O professor abriu uma discussão sobre o que havia sido descrito, cobrando alguns momentos que não foram registrados como a relação do texto Um General na Biblioteca, de Ítalo Calvino, com o tema das aulas de Brasil III, discutindo os detalhes sobre o conteúdo e a questão da leitura. A aluna Samara Ferreira deu sua contribuição nesse sentido lembrando do que foi debatido na aula anterior, o que nos permitiu fazer uma análise sobre o tempo que dedicamos à leitura. 
   Houve então, a aprovação da memória feita pelo Paulo Roberto com a colaboração da Gleiciane Albuquerque, neste momento abre-se a oportunidade para alguém se propor a fazer o registro da aula, eu, Aline Mendes, me prontifiquei. O aluno Jairo Alves indaga se não haverá memória da aula do dia da palestra do I Seminário PET² , como ninguém quis fazer ficou mesmo apenas com os comentários, criticas referentes às apresentações de trabalho e elogios.
    O texto trazido para a discussão na aula é da historiadora Mary Del Priore: Nasce a República. Os questionamentos giraram em torno do que foi a transição do Império para esse novo período denominado República e como a historiografia brasileira relata os acontecimentos, mostrando as divergências dos ideais republicanos. Os meus colegas citaram alguns fatos históricos do momento em discussão como a abolição da escravidão, questões militares, a não participação popular, movimentos de resistência a República lembrando Canudos, a propaganda da Republica no Império, entre outros.
     E não podia faltar Camocim nas aulas de Carlos Augusto, começou a pensar e questionar sobre como foi à reação dos camucinenses ao saberem da proclamação da republica, instigando os alunos a refletirem sobre a relação entre diferentes espaços e tempos no contexto da época. Daí pra frente algumas questões foram pensadas e algumas conclusões tiradas, como por exemplo, que este foi um regime que se instaura de um dia para o outro, sem autonomia mantendo o poder centralizado nas mãos de um grupo de elite, no qual há todo um “jogo de poder” para a implantação do regime republicano.
   A aula continua com o professor lendo trechos do texto da Del Priore, e nos fazendo lembrar de momentos em que a presença militar foi crucial para as mudanças ocorridas no Brasil, a historiadora faz uma leitura simplória dos acontecimentos, porém denunciadora, definindo a república como quartelada onde o povo assistiu bestializado a tudo, o professor nos chama a atenção para a construção semântica das palavras afirmando que tudo é uma construção historiográfica.
    Neste momento acontece um fato inusitado, poderia deixar de fora, mas esses momentos precisam ser registrados para lembrarmos um pouco do que é realmente ser acadêmico de História, do que estamos fazendo com o nosso tempo e com as nossas leituras: o professor faz aquela pergunta³  onde todos os alunos parecem o “Kiko” chuta, chuta e não acerta, pois é, mas quando estavam quase desistindo, o Jonas Gomes salvou a nossa sala respondendo corretamente e o professor se ajoelhou e ofereceu uma moeda. Esse não foi à única ocasião critica da aula. Mas continuando, fomos falando desses momentos do Brasil República com direito a desabafo do professor sobre as suas expectativas para o dia e as decepções diárias em relação aos seus vários momentos de procura por motivação.
    Para a conclusão da aula foi proposto uma atividade de produção textual depois de lido o preâmbulo do Livro “A casa do Povo”, a atividade consistia na analise de um oficio expedido em Camocim em 26 de novembro de 1889 para tentar compreender como se deu a transição do império para a república, o que está implícito e o que está explicito, procurando perceber o sentido das palavras. Depois de explicar a produção textual, o professor retirou-se da sala deixando os alunos produzir suas considerações a cerca do documento que foi transcrito na lousa.
Os trabalhos entregues, feitos em dupla, foram dos seguintes alunos: José Ivo Melo da Silva e Ilmara Lima; Gleiciane Albuquerque e Emidio Johnson Sales, Daiane Cristine Silva Agostinho e Luciana Fontenele Magalhães; feito em quarteto: Antonia Cristiane Fontenele Souza, Jairo Alves Gomes, Ruth Costa Rodrigues Lima e Tereza Stefania Aragão; e individual: Paulo Roberto Sales Neto. As análises foram focadas no apoio dos camucinenses a república proclamada percebendo a exaltação ao fato histórico sendo considerado um “heróico paço que derão na vanguarda” , chamaram a atenção ainda da ligação entre Igreja e Estado, pois no fim do documento há uma menção a Deus.

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Feito com a colaboração de João Paulo Farias
2 Seminário realizado nos dias 17,18 e 19 de agosto no campus do Junco
O professor perguntou a turma de um outro momento de mudança antes de Getulio Vargas chegar ao poder. Depois de alguns chutes, e o professor quase desistindo, o aluno Jonas Gomes fala do Tenentismo.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Agenda de Brasil III

SEXTA
Prof. Carlos Augusto P. dos Santos

AP1 - Em grupo de acordo com a temática da monografia, trabalhar textos que trata do período republicano para auxiliar na AP2.
AP2 - Escritos de pesquisa
AP3 - Memórias da aula

Agenda de Contemporânea I

QUINTA
Prof. Paulo Henrique

AP1 - Dia 08/09/2011
Conteúdo: textos trabalhos do início do semestre até esse data.

AP2
AP3

Dia 01/09/2011
Filme: Danton

Sinopse

"Na primavera de 1794, Danton (Gérard Depardieu) retorna a Paris e constata que o Comitê de Segurança, sob a incitação de Robespierre (Wojciech Pszoniak), inicia várias execuções em massa. O povo, que já passava fome, agora vive um medo constante, pois qualquer coisa que desagrade o poder é considerado um ato contra-revolucionário. Nem mesmo Danton, um dos líderes da Revolução Francesa, deixa de ser acusado. Os mesmos revolucionários que promulgaram a Declaração de Direitos do Homem implantaram agora um regime onde o terror impera. Confiando no apoio popular, Danton entra em choque com Robespierre, seu antigo aliado, que detém o poder. O resultado deste confronto é que Danton acaba sendo levado a julgamento, onde a liberdade, a igualdade e a fraternidade foram facilmente esquecidas".

Agenda de Ceara II

QUARTA
Prof. Gabriel Assis

AP1 - Dia 14/09/2011
Conteúdo:
- Coronelismo, orligarquia acciolyna, Pe. Cícero, Libertação do Ceará e sedição de Juazeiro.

AP2 -
AP3 -

Agenda De Estagio Supervisionado IV

TERÇA
Prof. Alênio Carlos Noronha

AP1 - Elaboração do jogo didático
AP2
AP3

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Memória da Aula de Brasil III. (05/08)

Paulo Roberto Sales Neto
Colaboração: Gleiciane Paulo Albuquerque


Estamos no oitavo semestre. Tivemos nossa primeira aula de História do Brasil III na sexta-feira, 05 de agosto, com o professor Carlos Augusto. A primeira coisa que ele falou ao entrar na sala, foi que não estava de brincadeiras e demonstrou que estava falando sério no decorrer da aula, dando chamadas “duras” em alguns alunos, nunca tinha visto antes.
Explicou sobre o modo de avaliação. A AP1 ainda está indefinida, mas a AP2 será associar o tema da monografia com República e a AP3 será as "memórias" da aula. Onde em cada encontro o prof. indicará uma pessoa para relatar a aula e Jaqueline ficará responsável em arquivar todas as "memórias" e ainda foi sugerido divulgar no blog q a turma tem www.uvahistoria.blogspot.com.

Trouxe 20 cópias de um texto: “Um general na biblioteca” de autoria de Ítalo Calvino.

Ele mesmo iniciou a leitura e pediu que nós continuássemos a partir de sua indicação. Ao final parece que o Prof. Carlos não gostou da impostação e da forma como as leituras foram realizadas e perguntou se queríamos saber a sua nota pelo desempenho. Em seguida recusou-se a dar uma nota, pedindo que deixássemos para lá. Abriu a discussão do texto e mais uma vez não o agradamos. Apesar das idéias estarem também em sintonia com o texto, não era a linha de reflexão que desejava para aquele momento.

O texto conta a história de um lugar chamado Panduria, onde os generais desconfiados do que os livros estavam tratando, formaram uma comissão para investigá-los. Passaram dias e dias na maior biblioteca do lugar e elaboraram um relatório ao final da investigação. Pude perceber, e os colegas de sala me ajudaram nesse sentido, que os generais tinham conhecimento apenas de parte da História dos acontecimentos.

O contato com os livros chocou-os por diversas vezes e o relatório, como podíamos esperar, não estava de acordo com o que as autoridades desejavam. O general Fedina, líder de toda a investigação, acabou sendo afastado de suas funções e pelo que me parece o relatório foi arquivado.

A discussão feita pelo professor Carlos, caminha para o sentido da importância que a leitura tem para a nossa formação. É por meio dela que podemos nos colocar, participar dos debates e se posicionar no mundo. Particularmente eu gostei das discussões, mas o nosso curso deixa a desejar quando se trata de formação de leitores.

No início da República os generais tomaram para si a responsabilidade de construição de uma nação. Mas o texto nos colocou questões que colocam em xeque o conhecimento oficial, não como um todo, mas apenas de uma parte da história nacional.

Como sabemos não podemos de forma alguma querermos uma formação plena em História sem termos leituras diversas não só de livros, mas tambem do mundo. Um mundo cercado de diversidade, de seres complexos herdeiros da construção de uma história produzida a partir de muitos conflitos, guerras, lutas etc.

Produzindo cidadãos que sejam críticos, formadores de opiniões, conscientes de seu papel enquanto sujeito da História. Não meros objetos, sem o entendimento e a compreenção do espaço que nos cercam. O conhecimento, intermediado pela leitura, proporciona a libertação, que por sua vez causa esponto, medo aos que detem o poder. Estes alimetam-se da ignorância, da submissão dos que estão sendo manipulado, dando continuidade aos círculo de dominação.