Por Teresa Stefânia Freire Aragão
O professor Carlos Augusto iniciou a aula perguntando sobre quem iria fazer a memória da aula, me propus a fazer. Em seguida pediu a Ruth para ler a memória da aula passada (09/09/11). Depois o professor fez a chamada, como sempre de forma bem engraçada. Em seguida passou a discutir o texto de Isabel Lustosa - A História do Brasil explicada aos meus filhos, professores de história. O livro divide a História do Brasil em momentos (Brasil colonial, imperial, república) e é um livro que ele costuma trabalhar com professores de história, pois é um excelente material para quem já atua em sala de aula. Há muitas informações neste livro que não se encontram no livro didático.
Logo depois, leu alguns fragmentos do texto e foi discutindo. Leu um fragmento do texto referente a Guerra do Paraguai e a República. Associou a farda dos militares ao poder. Referiu-se a questão militar como uma das motivações na transição do Império para República. Indicou a leitura do livro “Maldita Guerra” de Francisco Doratioto para quem mostra interesse em estudar mais sobre a Guerra do Paraguai. Como sempre falou de Camocim. O professor falou do trabalho que fizemos com ele no período passado (História do Brasil II), se referiu aos colegas que fizeram trabalhos sobre as associações abolicionistas. Explicou como a questão abolicionista influenciou no processo de transição do Império para a República. Falou de algumas leis abolicionistas, Lei do Ventre Livre e Lei dos Sexagenários. Leis estas que beneficiaram muito mais ao escravista do que ao escravo.
Em seguida a Comissão Organizadora da IX Semana de História pediu para dar um recado. Avisaram que as inscrições estariam abertas a partir da próxima semana. Falaram que a Semana de História será junto com a Semana de Letras, devido aos cinquenta anos dos dois cursos. Avisaram também que o professor Gleisson virá na Semana de História para uma conferência na quinta-feira. Logo que saíram o professor Carlos Augusto voltou a fazer a discussão do texto.
Explicou que a autora escreve para “seus filhos”, ou seja, os 3 LUSTOSA, Isabel. A História do Brasil explicada aos meus filhos. RJ: Agir, 2007. p.59-84. continuou falando sobre a abolição. A Renata comentou sobre a mão-de-obra no período de transição do Império para a República, com fim da escravidão. O professor falou da liberdade precária dos escravos.
Houve uma discussão com relação ao negro na atualidade. O professor Carlos Augusto contou que ligou para a mãe dele para matar a saudade e ela lhe disse que não se encontra mais ninguém que queira trabalhar. O professor falou que é devido ao baixo salário que é ofertado para trabalhos relacionados com os trabalhos de escravidão de antigamente. O Edinailson comentou que leu um artigo que relacionava o quartinho da empregada com a senzala. Percebemos que a escravidão ainda tem um efeito sobre nós. Comentou-se também que o Governo está acostumando as pessoas a serem preguiçosas. Em seguida o Júlio apareceu na porta e perguntou se alguém havia perdido um chaveiro.
Logo depois o professor comentou que se perguntarmos para os alunos que personagem histórico eles gostariam de ser, grande parte responderia D. Pedro, Princesa Isabel, enfim personagens que estavam no poder. Indicou a leitura de um outro livro, “O Príncipe Maldito” de Mary Del Priore, e do filme “Discurso do Rei”. Falou ainda dos partidos políticos e da política das oportunidades. Comentou sobre alguns presidentes da República Brasileira e do carisma que um governante tem que ter. Comentou um pouco sobre a República dos Bacharéis (bacharelismo) e de um estudo que há sobre todos os presidentes da República, comentando que a maioria dos presidentes são formados em Direito.
Ao falar da Guerra de Canudos, de Antônio Conselheiro, o professor chama atenção para a palavra COMUNIDADE. Palavra que nos lembra não apenas união, mas também conflitos. Falou da experiência que ele teve numa comunidade agrícola, na qual ele ia para apaziguar os conflitos. Quando voltou a essa comunidade, alguns anos depois, lembra da forma importante como foi recebido. A Renata disse que ele era uma espécie de “Pajé”. O professor perguntou para alguns alunos em que época eles gostariam de estar. Alguns disseram que gostariam de ter vivenciado a Comunidade de Canudos, a década de1960, a abolição, a Revolução Farroupilha, entre outros acontecimentos.No decorrer da aula houve a participação de vários alunos: Renata, Jairo, Débora, Samara, Luciano, Edinailson, Paulo Roberto, Ilmara, Gleiciane, entre outros. Ao terminar a aula o professor fez novamente a chamada e disse que retomaria o texto na próxima aula.